Internacional
Trump afirma que libertará presos por ataque ao Capitólio se for eleito presidente em novembro
Quase 500 pessoas foram condenadas à prisão pela invasão em janeiro de 2021; porta-voz da campanha de Biden usa promessa como alerta: 'Fará tudo para se manter no poder'
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump prometeu na segunda-feira que libertará as pessoas detidas por envolvimento no ataque contra o Capitólio, em 2021, como uma de suas primeiras medidas como presidente caso seja eleito em novembro. Trump é o candidato favorito à indicação do Partido Republicano para disputar o pleito, e pesquisas recentes apontam uma vantagem de até cinco pontos sobre o presidente democrata e candidato à reeleição, Joe Biden.
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"Meus primeiros atos como seu próximo presidente serão fechar a fronteira (...) e libertar os reféns de 6 de janeiro que foram presos injustamente", escreveu Trump na noite de segunda em sua rede Truth Social, sem revelar mais detalhes.
A declaração do republicano foi usada como uma espécie de alerta por uma porta-voz da campanha do presidente Biden. Em um comunicado, citado pela emissora NBC, Sarafina Chitika disse que Trump "demonstrou que fará tudo o que for preciso para se manter no poder — incluindo desculpar e encorajar a violência política"
"O povo americano não se esqueceu do violento ataque ao nosso Capitólio em 6 de janeiro — eles sabem que Trump é demasiado perigoso para ser deixado perto do Salão Oval [gabinete da Presidência] novamente, eles irão proteger a nossa democracia e manter Trump fora do Casa Branca em novembro", acrescentou.
O ex-presidente tem praticamente assegurada a indicação como candidato republicano nas eleições de novembro, após a desistência de sua última rival, a ex-governadora Nikki Haley, na semana passada.
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Além disso, a última pesquisa eleitoral do The New York Times e do Siena College, publicada em 1º de março, acende um sinal de alerta para os democratas: Biden aparece com apenas 43% de apoio, enquanto Trump tem 48% das intenções de voto.
Trump já fez comentários sobre o seu hipotético primeiro dia no cargo, com a promessa de que em seu retorno à Casa Branca não atuaria como ditador, "exceto no primeiro dia".
Trump e o ataque
Em janeiro, durante um evento de campanha no estado de Iowa, o empresário pediu ao presidente democrata para "libertar os reféns", palavra que utiliza para fazer referência às pessoas detidas por participação no ataque contra a sede do Congresso.
Os agressores, inflamados pelo republicano e suas falsas alegações de fraude eleitoral, invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 para tentar impedir a transferência do poder a Biden. No ataque, cinco pessoas morreram e cerca de 140 policiais ficaram feridos.
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A multidão que cercou e finalmente invadiu o prédio era heterogênea. Havia homens e mulheres, maridos e esposas, pais e filhos, e pessoas de diversas etnias. Até mesmo um ex-funcionário do Departamento de Estado participou do ataque.
Desde então, 1.358 pessoas foram acusadas, segundo dados divulgados na semana passada pelo Departamento de Justiça — em uma investigação classificada como a maior da História do departamento. Quase 500 pessoas foram condenadas a penas de prisão pelo ataque, com penas que variam de alguns dias a mais de 20 anos.
Trump, que enfrenta 91 acusações criminais em quatro julgamentos separados, enfrenta dois por supostamente tentar reverter os resultados das eleições de 2020, vencidas por Biden.
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No primeiro, liderado pelo promotor especial Jack Smith, Trump responde por seus esforços para permanecer no cargo após sua derrota nas eleições de 2020 para Biden e seu papel nos eventos que levaram ao ataque contra a sede do Congresso.
O último processo, aberto em agosto do ano passado, o magnata é acusado pela tentativa de interferência eleitoral na contagem de votos do estado da Geórgia, parte de um esforço mais amplo para reverter o resultado das eleições.
Em ambos os casos, a defesa do ex-presidente pede que as acusações sejam rejeitadas, argumentando que chefes de Estado devem desfrutar de ampla imunidade contra processos criminais por "atos oficiais" realizados durante o mandato.
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