Política
Após romper com Bolsonaro, organizador de motociatas faz pré-campanha com Boulos
Jackson Vilar disputará uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo; em suas redes sociais, já vincula sua imagem ao deputado federal psolista, que lidera a corrida pela prefeitura

Após ter rompido publicamente com Jair Bolsonaro (PL), o antigo organizador de motociatas do ex-presidente, Jackson Vilar agora tem planos políticos. Nas eleições deste ano, o empresário que administrava a "Acelera Para Cristo" disputará uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo. Na sua pré-campanha, todavia, chama atenção a presença de uma figura da esquerda: o pré-candidato à prefeitura do PSOL, Guilherme Boulos.
Em suas redes sociais, Jackson Vilar tem feito postagens sobre o psolista com os dizeres "Boulos e Jackson Vilar: a dupla que liderará São Paulo" e "juntos por SP".
Na última sexta-feira, ele chegou a mencionar o presidente Lula (PT) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, em uma de suas manifestações on-line. "É hora de unir forças e renovar São Paulo! Junto com @guilhermeboulos.oficial para construir um futuro melhor para nossa São Paulo", escreveu.
Jackson Vilar ganhou projeção durante o mandato de Bolsonaro e chegou a disputar uma vaga na Câmara Federal pelo Republicanos com o endosso de apoiadores do ex-presidente, mas teve sua candidatura indeferida.
A união com o ex-mandatário começou a ruir após o ato do 7 de setembro de 2022, quando Bolsonaro disse que seus ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) haviam sido feitos no "calor do momento". Vilar, por sua vez, não viu verdade na declaração.
— Não acredito em Bolsonaro mais. Podem me chamar de traidor, do que você quiser, canalha. Traidor que quer andar de helicóptero para sobrevoar vendo a gente. Vou queimar minha camisa com o nome Bolsonaro. Você não merece respeito, Bolsonaro. Você traiu os motociclistas, os caminhoneiros. Você traiu o seu povo porque você é um frouxo, covarde. Bolsonaro, te apoiei até hoje e a partir de agora quero que você vá à merda — disse Vilar em vídeo que postou na época. Posteriormente, ele se desculpou publicamente.
Após Lula vencer as eleições, o empresário disse ao GLOBO que teria convidado Gleisi Hoffmann e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, para um passeio de moto. Ele afirmou que o evento não teria vínculo partidário e disse que deixou de apoiar Bolsonaro por conta de "mentiras".
— A verdade está aparecendo. Bolsonaro nunca foi cristão. Enganou a todos, principalmente os evangélicos. Mas agora estão acordando — declarou.
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