Alagoas
Hemocentro de Alagoas é referência na realização de exames para o diagnóstico de leucemia
Fevereiro Laranja, mês de
conscientização sobre a leucemia está acabando, mas o Hemocentro de Alagoas
(Hemoal) não para no cuidado a pacientes e a prevenção da doença, que é um dos
tipos de câncer mais frequentes no Brasil, com estimativa de 11,5 mil novos casos
em 2024. Em Alagoas, o órgão é a referência estadual para o diagnóstico das
leucemias, por meio de exames laboratoriais como o hemograma, a biópsia de
medula óssea, mielograma, cariótipo e imunofenotipagem.
Alexandra Ludugero, médica
hematologista e gerente médica do Hemoal, acrescentou que, no órgão, também é
realizada a fenotipagem do concentrado de hemácias e aférese de plaquetas, que
são utilizados nesses pacientes durante o tratamento. Ela explicou que, ao ser
confirmado o diagnóstico de leucemia, o paciente é encaminhado a um Centro
de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) para o
tratamento.
“Esse tratamento é feito por quimioterapia, em etapas. A primeira é a indução de remissão, consolidação e manutenção, que pode variar de um a dois anos. Essas etapas variam conforme o tipo de leucemia, o estado geral do paciente e outras doenças que ele possa ter. O tratamento também pode ser por terapia-alvo, imunoterapia, radioterapia e transplante de células tronco”, especificou a hematologista do Hemoal.
Sintomas
Entre os principais sintomas da
doença, a hematologista citou o cansaço, a anemia (incluindo palidez, fraqueza
e falta de ar); infecções repetidas (por exemplo, feridas na boca, tosse,
febre, dor de garganta e outros); hematomas e sangramentos frequentes. “Dor nos
ossos, na cabeça, nas pernas, vômitos, erupções cutâneas e aumento dos gânglios
linfáticos (que muitos chamam íngua), também podem ocorrer, mas são menos
comuns”, explicou Alexandra Ludugero.
A leucemia é uma doença que se inicia na medula óssea, onde o sangue é produzido, segundo informou a hematologista do Hemoal. Sua causa está relacionada à proliferação de células anormais na medula, que deixa de produzir células saudáveis.
“Os exames de rotina se enquadram na prevenção da leucemia. É necessário ter
atenção para qualquer alteração no sangue que possa surgir nestes exames e caso
exista suspeita da doença, o paciente deverá ser encaminhado para a avaliação
do médico hematologista. Com o diagnóstico confirmado, o tratamento deve ser
iniciado imediatamente”, frisou Alexandra Ludugero.
Humanização
A especialista contou que a parceria da equipe multiprofissional na realização
desses exames vem impactando positivamente no preparo dos pacientes, para que
os exames sejam menos invasivos e diminuindo a ansiedade do usuário, tanto na
realização quanto ao receber os resultados. “Possuímos uma equipe composta por
médicos hematologistas (adulto e pediátrico), clínico geral, pediatra,
enfermeiros, psicólogas, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais,
odontólogos, farmacêutico-bioquímico, biomédicos, biólogos, técnicos de
enfermagem e de laboratório, além de assistentes administrativos capacitados
para atendimento ao paciente hematológico. Toda equipe contribui no acolhimento
de forma humanizada da unidade”, destacou.
A hematologista acrescentou que a doação de medula óssea pode ajudar pacientes que têm o transplante como única chance de cura. O transplante de medula óssea é um tratamento indicado para pacientes com doenças de sangue, como a leucemia, mas também em casos de linfomas e, até mesmo em alguns tipos de anemia.
Para ser doador
Em 2023, o Hemoal cadastrou 2440 novos candidatos à doação de medula óssea. “A
doação é fundamental, pois a cada cem mil pacientes, apenas um doador é
compatível. E, devido a essa estatística, quanto mais doadores tivermos,
maiores serão as probabilidades de compatibilidade entre as pessoas. O
transplante de medula óssea é um gesto de amor para com o próximo. Não sabemos,
mas, alguém próximo a nós pode precisar. Todo ser humano deveria se cadastrar”,
orientou a médica.
Ela explicou que, para ser doador, os
interessados devem procurar o Hemoal e realizar o cadastro para doação de
medula óssea. "Retiramos 5 ml de sangue e um termo de consentimento da
coleta deste material é assinado. A partir daí, os dados são armazenados no
banco de doadores e, ao ser compatível com um paciente que necessite do
transplante, este doador é chamado pelo Hemoal para realizar a segunda etapa de
exames de compatibilidade”, explicou.
Após essa etapa e confirmada a compatibilidade e as boas condições de doação, o
doador é internado. Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter
entre 18 e 35 anos de idade, apresentar documento oficial de identidade com
foto, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou
incapacitante, e não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do
sangue) ou do sistema imunológico.
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