Internacional
Lula se reunirá com secretário-geral da ONU, durante visita à África
Situação na Faixa de Gaza será um dos temas da conversa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir, semana que vem, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterrez, à margem de um encontro de líderes dos países africanos, na Etiópia. A situação na Faixa de Gaza e a reforma do Conselho de Segurança da ONU estão entre os principais assuntos da conversa.
A crise humanitária em Gaza, causada pelo conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas, tomará parte da agenda de Lula em outras duas importantes bilaterais. No dia 15, em uma reunião com o presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, e em 16 ou 17, na Etiópia, com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina.
Desde o início da crise, o Brasil defende, junto com outros atores da comunidade internacional, uma solução negociada para o cessar fogo, a soltura dos reféns que estão nas mãos de terroristas do Hamas desde 7 de outubro de 2023 e a criação de condições para garantir ajuda humanitária às pessoas que estão na zona de conflito.
O roteiro das visitas de Lula ao Egito e à Etiópia ainda está sendo fechado pelo Itamaraty e o Palácio do Planalto. No entanto, já existe uma agenda preliminar, que começa com o embarque do presidente brasileiro para o Cairo na quarta-feira, dia 14.
No dia 15, Lula será recebido por Sisi e fará uma visita à sede da Liga Árabe. Segundo o secretário de África e Oriente Médio do Itamaraty, Carlos Duarte, a viagem ao Egito acontece em um momento de comemoração aos cem anos de relações diplomáticas entre o Brasil e o país do norte da África.
— O Egito é um ator importante em todas as questões relativas ao Oriente Médio. Teve papel relevante na repatriação de brasileiros que estavam em Gaza — disse Duarte.
Outros pontos a serem tratados no Egito são o aumento do comércio e a reabertura da rota aérea São Paulo-Cairo.
Na Etiópia, o principal foco de Lula será o discurso que fará durante a cúpula da União Africana. Conforme O GLOBO mostrou, na edição desta quarta-feira, o presidente quer reforçar o apoio dos países em desenvolvimento que fazem parte do G20 para as propostas defendidas pelo Brasil: inclusão social, combate à fome e à pobreza; sustentabilidade e transição energética; e reforma dos organismos internacionais, com a maior participação das nações emergentes nas decisões internacionais.
O governo Lula quer que o Brasil, na presidência do G20, consiga emplacar suas propostas com o apoio do maior número de países durante a reunião de cúpula de líderes das maiores economias do mundo, que acontecerá no Rio, no fim deste ano. A União Africana entrou no G20 no ano passado.
— Há coincidências entre as agendas brasileira e africana — disse Carlos Duarte.
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