Internacional
Após cinco dias de protestos, Itamaraty desaconselha viagens de brasileiros a Machu Picchu
O protesto foi organizado por coletivos do distrito de Machu Picchu Pueblo, no departamento de Cusco, em repúdio à decisão do Ministério da Cultura de contratar um intermediário privado para gerenciar a venda online das entradas
Após pelo menos cinco dias de greve, Machu Picchu, a cidade inca mais visitada do mundo, segue com as atividades turísticas paralisadas. Em um alerta consular, o Itamaraty desaconselhou a visita de brasileiros ao local, que está com ferrovias bloqueadas e sem perspectiva de retomada dos serviços.
Leia mais: Base confundiu drone inimigo com arma de seu próprio arsenal no ataque que matou soldados americanos na Jordânia
'Mistério dos mares' e preservação: por que possível flagra de tubarão-branco recém-nascido fascina especialistas; veja o vídeo
O protesto foi organizado por coletivos do distrito de Machu Picchu Pueblo, no departamento de Cusco, em repúdio à decisão do Ministério da Cultura de contratar um intermediário privado para gerenciar a venda online das entradas.
De acordo com seus líderes, a chamada paralisação indefinida inclui marchas, o fechamento de comércios e bloqueios na via férrea que leva a essa joia da arquitetura e engenharia pré-hispânica.
“A Embaixada orienta turistas brasileiros que estejam em Aguas Calientes a evitar deslocamentos desnecessários e a entrar em contato com a IPERÚ - entidade do governo peruano que é responsável pela assistência ao turista e está coordenando a evacuação de turistas do local. Para além de seu canal de atendimento por Whatsapp (+51 944 492 314), a IPERÚ circulou formulário de cadastro para turistas que estejam retidos na região (https://forms.gle/vXf1U7sJC8CqqagG8), a fim de facilitar sua eventual evacuação”, diz o Itamaraty.
A Embaixada brasileira também orienta que as visitas devem ser evitadas também por aqueles que pretendem ir ao sítio histórico através de caminhadas e trilhas.
Devido ao protesto, turistas nacionais e estrangeiros têm passado por atrasos em seus itinerários.
Os manifestantes, com bandeiras e cartazes que diziam "Machu Picchu não se privatiza nem se aluga" e "Ministra da Cultura, renuncie já", interromperam o tráfego do trem, obrigando os viajantes a caminhar cerca de três quilômetros até a entrada da cidadela.
Segundo o Ministério da Cultura nas redes sociais, a visita à cidadela está ocorrendo "com total normalidade" e estão sendo oferecidas "facilidades nos horários de entrada".
A pasta deixou nas mãos da empresa peruana Joinnus a venda online dos ingressos para Machu Picchu e a rede de caminhos incas, após alegar problemas com sua plataforma virtual.
No entanto, comerciantes e operadores turísticos são contra o novo sistema, que começou a funcionar no sábado, por considerarem que é o primeiro passo para a privatização de Machu Picchu.
Mais lidas
-
1ÚLTIMAS DO IMPERADOR
Diário Oficial revela pagamento de mais de meio milhão a posto de gasolina sem contrato regular em Palmeira dos Índios
-
2TRAGÉDIA NO EXTERIOR
Turista alagoana morre em incêndio de hotel na Tailândia
-
3DEFESA
'Sem similar no mundo': avião Super Tucano brasileiro está prestes a entrar no mercado europeu
-
4ESCÂNDALO DAS EMENDAS
Deputado Glauber Braga acusa Arthur Lira de “manipulação” na liberação de emendas e questiona obras em Alagoas
-
5NESTA SEGUNDA
Corpo de jovem é encontrado morto no Centro de Palmeira dos Índios