Internacional
Protestos pró-Morales deixam 2 mortos e 11 policiais feridos na Bolívia

Pelo menos dois civis morreram e 11 policiais ficaram feridos no protesto que os apoiadores do ex-presidente Evo Morales iniciaram nesta segunda-feira. As manifestações ocorreram contra os juízes que inabilitaram a candidatura presidencial do político para as eleições de 2025, segundo um relatório oficial.
Nesta quinta-feira, após quatro dias de protesto, o governo de Luis Acre, ex-aliado de Morales, afirmou que duas pessoas morreram. Elas ficaram presas nos bloqueios de estradas realizados por agricultores e outras organizações. Na quarta, foi informada a morte de uma mulher de 53 anos que tinha problemas de pressão arterial e não conseguia viajar por via terrestre de La Paz a Santa Cruz.
— Queremos denunciar a segunda morte devido ao bloqueio — disse o vice-ministro do governo, Roberto Ríos, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
A vítima é René Pauasi, um trabalhador do setor dos transportes de 57 anos, que sofreu uma parada cardíaca na noite de quarta-feira na região de Chapare, departamento de Cochabamba, e não pôde ser socorrido devido ao bloqueio das estradas. No dia anterior, 11 policiais foram feridos por manifestantes que os atacaram com pedras e explosivos no protesto.
— A federação de agricultores de Potosí, composta por aproximadamente 200 pessoas, emboscou nossos policiais — disse o coronel Juan Amílcar Sotopeña, comandante regional da polícia, à rádio local. Alguns dos feridos foram levados para centros de saúde, mas nenhum deles em estado grave.
Nesta quinta-feira, a Administradora de Rodovias registrou 22 pontos de bloqueio nas estradas de Cochabamba, Oruro, Potosí, La Paz e Santa Cruz, motor econômico da Bolívia, ante os 16 de quarta-feira. O protesto foi convocado em repúdio à decisão do Tribunal Constitucional que impede Morales de apresentar novamente sua candidatura, com o argumento de que já cumpriu os dois mandatos permitidos pelo regulamento.
O líder máximo dos cocaleiros foi presidente entre 2006 e 2019, quando foi forçado a renunciar devido a uma revolta social que denunciava supostas fraudes eleitorais para obter um quarto mandato.
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