Internacional
Israel exuma corpos de cemitério em Gaza em busca de restos mortais de reféns
Cemitério de Khan Younis, no sul do território palestino, foi parcialmente destruído na operação; vídeos nas redes sociais denunciam 'roubo' de restos mortais
O cemitério de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, foi parcialmente destruído após as Forças de Defesa de Israel (IDF) realizarem uma ampla operação para exumar corpos em busca dos restos mortais de reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque terrorista do Hamas. A informação foi confirmada por autoridades da IDF nesta quinta-feira à rede americana CNN, que admitiram pela primeira vez a prática.
Imagens de satélite mostram uma grande área do cemitério destruída, com túmulos danificados e restos mortais expostos. Pelo histórico de registros da área, acredita-se que as operações tiveram início depois do dia 15 de janeiro.
Nas redes sociais, relatos de militares israelenses retirando os corpos enterrados estão causando uma onda de indignação. Alguns palestinos denunciaram o suposto "roubo" de ao menos 10 corpos pelas forças de segurança.
De acordo com um porta-voz da IDF, o resgate dos reféns e a devolução dos corpos das vítimas está entre as principais missões das forças israelenses em Gaza.
— O processo de identificação de reféns, conduzido em um local seguro e alternativo, garante condições profissionais ideais e respeito pelo falecido — disse o porta-voz à CNN, acrescentando que os corpos que não são considerados reféns são "devolvidos com dignidade e respeito".
No entanto, segundo o direito internacional, caso a operação seja considerada uma forma de ataque deliberado ao cemitério, a ação configuraria crime de guerra. A exceção cabe somente quando o local se torna parte do conflito militar.
— Se não fosse pela decisão repreensível do Hamas de tomar homens, mulheres, crianças e bebês israelenses como reféns, a necessidade de tais buscas por nossos reféns não existiria — defendeu o porta-voz.
De acordo com a IDF, dos 253 reféns sequestrados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro, 132 ainda estão em casa — 105 vivos e 27 mortos.
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