Internacional
Líder houthi ironiza Biden no dia de 5º ataque dos EUA contra alvos do grupo: 'Idoso com dificuldade de subir escadas'
Questionado se a campanha de bombardeios vinha sendo efetiva, líder americano afirma que os ataques continuariam apesar de ainda não terem interrompido os atos do grupo no Mar Vermelho
O líder do movimento dos houthis, Abdulmalik al-Houthi, ironizou nesta quinta-feira o presidente dos EUA, Joe Biden, descrevendo-o como um "idoso com dificuldade de subir escadas" e afirmando que o único impacto de recentes ataques com mísseis contra alvos do grupo no Iêmen tem sido aprimorar seu exército e tecnologia naval.
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— [Biden] é um idoso com dificuldades de subir as escadas de um avião, mas apesar disso viaja 14,5 mil km para atacar aqueles que querem defender a população oprimida de Gaza — afirmou em um discurso de uma hora.
Desde novembro, ataques da milícia apoiada pelo Irã no Mar Vermelho prejudicou o comércio entre a Ásia e a Europa e alarmou grandes potências. Os houthis, que controlam a maioria do Iêmen, dizem agir em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza, que, desde o início da guerra Israel x Hamas, em 7 de outubro, estão sob cerco e bombardeios do Exército israelense.
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Em seu pronunciamento, transmitido por canais de mídia árabe e cheio de retórica religiosa, o líder houthi afirmou que grupo está adotando "passos concretos" para aprimorar suas capacidades militares, dizendo que agora está em um confronto militar direto com os EUA, Reino Unido e Israel.
— É uma grande honra e bênção confrontar os EUA diretamente.
Com ataques ao lobby sionista e aos homossexuais, seu discurso alertou que a guerra faz parte de uma batalha mais ampla entre sionistas adoradores do demônio (Israel) e o mundo muçulmano. Ele também conclamou o mundo árabe a organizar boicotes em massa contra produtos israelenses, afirmando que os ataques de mísseis de EUA e Reino Unido, iniciados na semana passada, sinalizavam o impacto causado pelos atos dos houthis contra navios comerciais vinculados a Israel no Mar Vermelho.
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Pela quinta vez em uma semana, os EUA atacaram nesta quinta-feira mísseis antinavio no Iêmen, destacando a resiliência do arsenal da milícia, que tem o apoio do Irã, e de seu objetivo de atrapalhar as linhas de navegação internacionais. Os ataques ocorrem em meio a uma conflagração regional no Oriente Médio na esteira da guerra de Israel e o Hamas.
Quando questionado se a campanha de bombardeios vinha sendo efetiva, Biden afirmou que os ataques continuariam apesar de ainda não terem interrompido os atos do grupo no Mar Vermelho.
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— Eles estão parando os houthis? Não. Eles vão continuar? Sim. — disse o presidente americano a repórteres na Casa Branca.
Os ataques desta quinta ocorreram um dia depois de o governo Biden ter reinserido os houthis à lista de terrorismo global, em um esforço para cortar a habilidade do grupo de se financiar. A medida revogou decisão anterior de Washington de remover os houthis da lista para assegurar que assistência humanitária fluísse para o Iêmen depois de anos de guerra civil.
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