Um voo doméstico no Japão teve que retornar ao aeroporto de partida após ser constatada, em pleno ar, uma rachadura na janela externa do cockpit do Boeing 737-800 que operava a linha, informou neste sábado a All Nippon Airways (ANA). Nenhum dos 59 passageiros e seis tripulantes que estavam no voo ficou ferido, segundo a agência Reuters.

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O incidente ocorreu pouco mais de uma semana após um Boeing 737 Max 9 perder parte da estrutura que abriga a cabine de passageiros, num voo nos EUA. No último dia 6, o piloto da Alaska Airlines precisou fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Portland, em Oregon, por causa do problema.

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Após o problema com a Alaska Airlines, a FAA, órgão regulador da aviação civil americana, ordenou que todos os Boeing 737 Max 9 ficassem em solo, para inspeção. Em comunicado na última sexta-feira, 12, a FAA impôs exigência adicionais para autorizar a volta da operação das aeronaves, espalhando desconfiança sobre a fabricante americana.

Modelos diferentes

O Boeing 737-800 da ANA, que ia de Sapporo, cidade na ilha de Hokkaido, na porção norte do arquipélago japonês, para Toyama, na ilha principal, Honshu, é um modelo diferente do Boeing 737 Max 9.

O especialista em aviação John Strickland disse à BBC que o 737-800 é uma versão anterior ao 737 Max 9, mas não pode ser considerado um modelo obsoleto “de forma alguma”.

Segundo a Reuters, a rachadura foi constatada na mais externa das quatro camadas de vidro que compõe a janela do cockpit da aeronave. O problema não afetou nem a pressurização do avião nem seu controle no ar, disse um porta-voz da ANA.

Colisão com pássaro poderia causar rachadura, diz especialista

À BBC, Strickland avaliou que a causa da rachadura ainda é desconhecida. Uma fratura por estresse do vidro poderia acontecer, mas seria “muito rara”.

– Essas coisas acontecem, sim, às vezes. Algo pode ter batido na janela, por exemplo, um pássaro, uma pedra da granizo, não é algo que já não se tenha visto – afirmou o especialista ao serviço de notícias britânico.