Internacional

Sobre para 98 o número de mortos após forte terremoto que atingiu o Japão

Violento tremor causou deslizamentos de terra, um incêndio e ondas de tsunami

Agência O Globo - 06/01/2024
Sobre para 98 o número de mortos após forte terremoto que atingiu o Japão
Foto: Reprodução

As equipes de resgate redobram seus esforços no sábado entre os escombros para recuperar corpos cinco dias após o forte terremoto que abalou o centro do Japão, deixando 98 pessoas mortas confirmadas. O número de mortos no terremoto, ocorrido no dia de Ano Novo, com magnitude de 7,5, deverá aumentar, já que 211 pessoas da região de Ishikawa, na ilha de Honshu, permanecem desaparecidas.

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O trabalho de centenas de equipes de resgate foi prejudicado pelo mau tempo – com previsão de neve no domingo – e estradas inutilizadas por grandes rachaduras, queda de árvores e pedras. Duas mulheres idosas foram retiradas dos escombros de suas casas na quinta-feira, mas não houve nada para comemorar desde então.

Em Suzu, onde dezenas de casas ficaram em ruínas, um cachorro latiu enquanto uma equipe da AFP filmava as operações de remoção de destroços na sexta-feira, um sinal de uma descoberta sombria.

“O treinamento canino de resgate começa com um jogo semelhante ao esconde-esconde”, disse o treinador Masayo Kikuchi à AFP. “Eles eventualmente treinam para latir quando veem uma pessoa nos destroços.”

As residências onde são descobertas fatalidades são marcadas e deixadas até que um legista possa vir com familiares para identificar o corpo. No porto da cidade, barcos de pesca foram afundados ou levados como brinquedos até a costa pelas ondas do tsunami, que aparentemente também arrastaram uma pessoa.

Perto de Wajima, um grande incêndio destruiu centenas de estruturas no primeiro dia e destruiu um edifício de sete andares.

"Eu estava relaxando no dia de Ano Novo quando aconteceu o terremoto. Meus parentes estavam todos lá e estávamos nos divertindo", disse Hiroyuki Hamatani, 53 anos, à AFP em meio a veículos queimados e postes caídos. “A casa ficou de pé mas está muito longe de ser habitável agora... Não tenho espaço na cabeça para pensar no futuro”, acrescentou.