Internacional
Líder norte-coreano ameaça com 'ataque nuclear' se for provocado
Declaração de Kim Jong Un acontece após encontro da Coreia do Sul com os Estados Unidos na semana passada
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, advertiu nesta quarta-feira (20), que o seu país não hesitará em lançar um ataque nuclear se for "provocado com armas nucleares", informou a imprensa estatal.
Os comentários de Kim ocorreram após uma reunião na semana passada entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos em Washington, onde os dois países discutiram a dissuasão nuclear em caso de um conflito com a Coreia do Norte.
A agenda da reunião incluiu "planejamento nuclear e estratégico", e os aliados reafirmaram que qualquer ataque nuclear da capital Pyongyang contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul resultaria no fim do regime norte-coreano.
No entanto, Kim disse ao escritório de mísseis de suas forças armadas que "não hesitem em lançar um ataque nuclear quando o inimigo provocar com armas nucleares", informou a agência oficial local, KCNA.
Washington, Seul e Tóquio divulgaram posteriormente um comunicado instando a Coreia do Norte a "parar de realizar provocações e aceitar nosso apelo para participar de um diálogo substantivo sem condições".
Os três países intensificaram a cooperação militar diante da onda de testes nucleares realizados este ano pela Coreia do Norte, e na terça-feira ativaram um sistema para compartilhar informações em tempo real sobre o lançamento de mísseis norte-coreanos.
Segundo alerta em uma semana
Nesta segunda-feira (18), a Coreia do Norte lançou seu míssil balístico mais poderoso, o Hwasong-18, e o classificou como "uma contramedida de advertência" diante do que chamou de atos de "ameaça militar" de Washington e seus aliados.
Na ocasião, o líder norte-coreano prometeu acelerar o desenvolvimento nuclear do seu país e já havia alertado os Estados Unidos para não tomarem "uma decisão errada". A fala aconteceu um dia após supervisionar o lançamento do míssil balístico intercontinental (ICBM) mais poderoso do país.
Na semana passada, um submarino nuclear dos Estados Unidos chegou ao porto sul-coreano de Busan, e na quarta-feira os Estados Unidos deslocaram bombardeiros de longo alcance para realizar manobras com a Coreia do Sul e Tóquio.
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