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Base antimísseis dos EUA na Polônia começa a funcionar esta semana

Agência O Globo - 11/12/2023
Base antimísseis dos EUA na Polônia começa a funcionar esta semana
Munição usada na Guerra Civil dos EUA - Foto: Reprodução

A base de defesa antimíssil americana construída ao norte da Polônia entrará em funcionamento a partir desta sexta-feira, anunciou o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, em discurso político geral ao Parlamento nesta segunda-feira. O escudo está localizado a 250 quilômetros do enclave russo de Kaliningrado.

A base Redzikowo, uma iniciativa do então presidente americano, Barack Obama, em 2009, foi pensada para defender o Ocidente dos mísseis balísticos disparados por países como o Irã. Desde o início, porém, a Rússia considerou-a uma ameaça, assim como outras instalações militares na região. A instalação da nova base começou em 2016.

A Polônia, país-membro da Otan e aliado próximo dos EUA, comprou recentemente equipamento militar americano, incluindo sistemas de defesa aérea Patriot, caças F-35, lançadores de foguetes Himars e tanques Abrams. Atualmente, Varsóvia abriga mais de 10 mil soldados americanos em seu território.

‘Acordo não ameaça a Rússia’

Em 2010, quando os dois países assinaram o acordo, a então secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, chegou a dizer que a ação não representava uma ameaça à Rússia. A construção fazia parte da versão reformulada do controverso sistema de defesa antimísseis planejado pelos Estados Unidos no leste europeu.

Clinton afirmou que o acordo iria “proteger a Polônia e aliados de ameaças crescentes, como o Irã”. Disse, também, que tratava-se de “um sistema puramente de defesa”, e que não estava direcionado à Rússia. Para Vladimir Putin, no entanto, a base militar é uma evidência do que ele vê como a ameaça representada pela expansão da Otan para o Leste.

Em 2022, Putin exigiu que a Otan reduzisse sua presença militar na Europa Oriental e Central, algo que Washington e líderes europeus se recusaram a fazer. O presidente russo não vê com bons olhos os mísseis americanos que estão próximos à fronteira com a Rússia desde 2016, quando uma base romena entrou em operação.