Economia

Jornalista Ricardo Pereira morre aos 72 anos

Ex-diretor da Globo em Portugal tratava um câncer de pâncreas

Agência O Globo - 11/12/2023
Jornalista Ricardo Pereira morre aos 72 anos
Ricardo Pereira - Foto: Reprodução

O jornalista e ex-diretor da Globo em Portugal Ricardo Pereira morreu na noite deste domingo, aos 72 anos. A morte foi confirmada pela família. Ele tratava um câncer no pâncreas e no fígado há quatro anos. As informações são do g1.

Os detalhes do velório e do sepultamento não foram divulgados. Ele estava aposentado desde setembro, quando participou da cerimônia de transição do cargo de direção da Globo Portugal.

Ao longo de uma carreira de mais de 40 anos na Globo, Pereira foi repórter de política e correspondente internacional, além de diretor. Noticiou fatos de grande repercussão para o Brasil e o mundo em todas as funções.

Carreira

Pereira começou a fazer reportagens sobre o carnaval carioca em 1976 para o 'Fantástico', como freelancer. Foi contratado como repórter do 'Jornal Nacional' e do 'Fantástico' três meses depois. A primeira experiência internacional foi em 1977 na Argentina, onde passou dois meses com enviado especial.

Ele voltou ao Brasil no ano seguinte e acompanhou a abertura política do país. Tornou-se correspondente da Globo em Londres em 1980. Na carreira internacional, realizou uma entrevista exclusiva com o presidente do Iraque, Saddam Hussein; participou da transmissão ao vivo, do casamento da princesa Diana e do príncipe Charles, em Londres; e cobriu a Copa do Mundo de 1982, na Espanha.

Também cobriu a Guerra das Malvinas, e viajou para registrar a situação do local em 1983, um ano após o conflito.

Ricardo Pereira mostrou a visão do governo britânico na cobertura da Guerra das Malvinas e, em 1983, viajou para registrar a situação do arquipélago um ano depois do conflito numa reportagem especial. Nos últimos meses, preparava um documentário para o Globoplay sobre a guerra entre a Argentina e o Reino Unido.

— Conseguimos autorização do governo inglês para ir para as Malvinas. Eu fui com o cinegrafista Newton Quilichini. Vimos o absurdo que foi aquela guerra. As tropas inglesas conseguiram tomar Goose Green, que parecia uma cidade importantíssima na geopolítica das ilhas. Mas Goose Green são exatamente quatro casas e uma igreja. Achamos diários de soldados argentinos. Aquela operação militar foi um equívoco, morreu muita gente a troco de nada, — declarou.