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Amarguras santificantes

Paulo Hayashi 27/11/2023
Amarguras santificantes
Paulo Hayashi Jr. - Foto: Paulo Hayashi

O paladar infantil privilegia o doce em detrimento de outros gostos. Todavia, conforme a criança cresce, há o aumento da experimentação de diferentes sabores e a preferência pode ser alterada. Quando adulto, o azedo e o amargo ganham atenção e espaço. Esta alteração pode ser vista e percebida até mesmo nas situações do dia a dia. Por exemplo, o ditado "se a vida lhe der limões, faça uma limonada" representa a necessidade de lidar com os problemas e empecilhos da existência.

Se o mundo é uma grande escola, as lições primorosas também são destinadas aos adultos, principalmente quando a capacidade cognitiva já estiver formada e a inteligência e o conhecimento necessitam da pedra de esmeril para seu polimento. Todavia, não podemos nos desanimar com as dificuldades. A superação é uma possibilidade real, em especial quando existe vontade e autoconfiança. A primeira representa o leme pelo qual se movimentam nossos recursos pessoais, assim como as atitudes corretas perante a vida. Com vontade forte, a inércia não mina o trabalho e o desânimo não atrapalha. O mesmo pode se dizer em relação à autoconfiança. É a fé em si mesmo, a certeza de que depois da tempestade vem o céu límpido. O essencial é continuar no trabalho diligente e disciplinado, pois as aprendizagens e as conquistas maiores vêm através do tempo e das provações. Nas palavras do apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso: "Tendo cuidado que ninguém se prive da graça de Deus e de que nenhuma raiz de amargura, brotando vos perturbe, e por ela muitos se contaminem" (Hebreus 12, 15).