Esportes
Análise: Flamengo é letal quando Tite 'joga' para Arrascaeta
Jogo vertical dá lugar a aproximação e volume no meio-campo e destrava nó do Bragantino

O Flamengo jogava pior e parecia que tinha batido no teto, tanto física, como tática e tecnicamente, quando ele apareceu. De volta após ausência durante a data Fifa e apagado na maior parte do jogo, Arrascaeta precisou de apenas uma chance clara para marcar o gol da vitória sobre o Bragantino no Maracanã, e manter a equipe rubro-negra viva na briga pelo título do Brasileiro.
A jogada no fim do segundo tempo aconteceu quando a equipe havia se transformado com as mexidas de Tite e aumentado a capacidade de aproximação e troca de passes por dentro, em detrimento de um jogo mais vertical que adotou no princípio. Na projeção de Pulgar na linha de fundo, outro que voltou das Eliminatórias, veio a assistência precisa para o uruguaio carimbar o resultado com toda sua categoria, de biquinho.
A vitória por 1 a 0 deixa o Flamengo com 60 pontos, agora na terceira posição, e dentro da zona de classificação direta para a Libertadores de 2024, com dois pontos para o líder Palmeiras. No domingo, o adversário é o América-MG, fora de casa, e em seguida haverá Atlético-MG, Cuiabá e São Paulo.
No Maracanã, ainda apresentou muitas falhas, mas não faltou entrega. Apesar da festa, a partida começou com o escrete carioca recuado e em dificuldades para sair jogando. Isto porque o Bragantino se armou com pontas em cima dos laterais e teve um meio-campo mais dinâmico e competitivo, o que redundou em mais volume e finalizações.
Sem Pulgar titular, desgastado após a data Fifa, o técnico Tite apostou em Thiago Maia, que não iniciou bem. Para piorar, os dois jogadores mais criativos, Gerson e Arrascaeta, foram bem marcados e não conseguiam dar dinâmica ao jogo nem acompanhar sua velocidade. O resultado foi um meio-campo que reagiu e não comandou as ações.
A principal saída era com os pontas. Cebolinha e Luiz Araújo tiveram papel importante nas esticadas rubro-negras e também na recomposição, e nesse contexto Matheuzinho também conseguiu apoiar um pouco mais do que Ayrton Lucas. Ainda assim foi pouco. Pedro fez bem o pivô em alguns momentos, mas não teve chances claras, apenas bolas forçadas na área.
Os melhores momentos do Flamengo aconteceram quando Gerson se deslocava mais pelo lado direito, combinando com Luiz Araújo e Matheuzinho. Na esquerda, Arrascaeta não conseguiu criar, apenas Cebolinha em jogadas individuais. O problema é que quando o Flamengo perdia a bola a recomposição era lenta e o time dava muito espaço, cometendo faltas para afastar o perigo.
No segundo tempo, Tite logo de cara ajustou a pouca presença no meio e nas laterais com as entradas de Pulgar e Wesley nas vagas de Luiz Araújo e Matheuzinho. Desta forma, povoou mais o meio-campo e equilibrou melhor o setor, adiantando Gerson. O Bragantino respondeu com troca de passes que levou à finalização perigosa de Sasha no travessão. Tite se deu conta da pressão enorme e arriscou mais. Tirou Thiago Maia e lançou Bruno Henrique para dar mais volume ofensivo. Quando os visitantes pressionaram novamente, veio a bola do jogo. Arrascaeta recebeu de Pulgar, que tocou para trás, entrou na área e tocou no cantinho, levando o Maracanã à loucura.
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