Uma nova descoberta modificou a compreensão de cientistas sobre o acasalamento dos morcegos da espécie serotino. Segundo estudo divulgado na última segunda-feira pela revista Current Biology, eles são os primeiros mamíferos documentados a copularem sem penetração. Ainda pela publicação, o pênis do morcego é 'desproporcionalmente grande', mas só é utilizado para passar pela membrana protetora da cauda da fêmea e fazer um acasalamento por contato.

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A descoberta foi possível graças à observação filmada de 93 supostos eventos de acasalamento no sótão de uma igreja na Holanda, e outros quatro num centro de reabilitação na Ucrânia. Com o órgão ereto sete vezes mais longo e mais largo do que a vagina da fêmea, sua função, além de atípica, é intrigante. Esse tipo de acasalamento é comum em aves, mas nunca tinha sido documentado em mamíferos.

Segundo os cientistas, alguns episódios de acasalamento duraram cerca 53 minutos. Entretanto, um casal chegou a permanecer em 'abraço copulativo' por mais de 12 horas.

Também conhecidos pelo nome científico Eptesicus serotinus, a espécie teve seus dados comportamentais coletados ao longo de 20 anos. Segundo as informações do estudo, o pico sexual dos animais ocorre entre julho e agosto, ao redor de minas abandonadas. Com esse conhecimento, os cientistas agora tentam entender as dinâmicas de decisão das fêmeas pelos machos e a competição entre eles.