Internacional
Lula pede a presidente de Israel
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou, na tarde desta quinta-feira, com o presidente de Israel, Izaac Herzog. Os assuntos tratados no telefonema ainda não foram revelados pelo Palácio do Planalto, que vai divulgar uma nota, mas havia a expectativa de que Lula fosse agradecer pela liberação do grupo de brasileiros que aguardavam para sair da Faixa de Gaza em direção ao Egito e comunicasse a Herzog que uma nova lista de nacionais e parentes palestinos fosse apresentada pelo Brasil.
Outro tema esperado na conversa telefônica seria a aprovação, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, de uma resolução que prevê as chamadas "pausas humanitárias" para o ingresso de caminhões com mantimentos em Gaza e a saída de estrangeiros que estão na zona de conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas. O Brasil é membro não permanente do colegiado, com mandato de dois anos que termina em dezembro.
Sobre a nova lista de brasileiros e palestinos parentes de brasileiros, segundo interlocutores da área diplomática, há uma demanda de mais de 60 pessoas que pedem para entrar em uma segunda lista. Lula quer que o Brasil seja o mais flexível possível, liberando o ingresso no país, por exemplo, de cidadãos em graus de parentesco a partir do segundo grau, como irmãos.
A questão é que as regras a serem estabelecidas não são do Brasil. Por isso, o governo brasileiro conversa com autoridades israelenses, egípcias e palestinas: é preciso conhecer bem as condições exigidas para que seja possível aos estrangeiros sair da zona de conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas.
Em uma avaliação interna, a previsão é que essa segunda fase pode ser demorada. Se Israel não atender à resolução aprovada na última quarta-feira pelas Nações Unidas, que prevê pausas humanitárias para o ingresso de suprimentos e a saída de estrangeiros de Gaza, a autorização para a saída de cidadãos brasileiros e seus parentes deve levar, pelo menos, duas semanas.
Além disso, a saída de brasileiros e parentes de Gaza vai significa uma mudança radical, que terá como bojo a vinda para um país com o qual muitas pessoas que querem fugir da região têm vínculo limitado. Entre as dificuldades a serem solucionadas, por exemplo, é a falta de documentação.
Ontem, Lula afirmou que a “atitude” de Israel com mulheres e crianças é “igual a terrorismo”, em referência aos bombardeios à Faixa de Gaza, que já deixaram mais de 18 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. O presidente voltou a chamar os ataques do Hamas de terroristas, mas criticou a resposta militar de Israel.
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