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Pai de Luis Díaz 'deve ser' libertado nesta terça-feira, diz governo colombiano

A guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), em conversas de paz com o governo colombiano, “deve” libertar esta terça-feira o pai raptado de Luis Díaz, uma vez que o exército já retirou as suas tropas conforme solicitado pelos rebeldes, indicou um negociador do Executivo.
A rendição de Luis Manuel Díaz “deve ser hoje, não porque eles (guerrilheiros) a tenham anunciado, mas porque o último pretexto que houve foi que houve um destacamento militar que dificultou o processo” de libertação, disse esta terça-feira à Blu Radio. • Otty Patiño, negociador-chefe do governo do ELN.
Na segunda-feira, o diretor do grupo anti-sequestro das Forças Militares, coronel Giovanni Montañez, garantiu que as tropas envolvidas na busca pelo pai do jogador de futebol fariam “um reposicionamento para dar garantias de entrega”.
“Não há desculpa. Espera-se que esta libertação ocorra hoje”, insistiu Patiño.
Os guerrilheiros do ELN sequestraram os pais do extremo inglês do Liverpool no dia 28 de outubro, quando viajavam em uma van em Barrancas, povoado indígena de origem da família, no departamento de La Guajira (norte).
Nesse mesmo dia, Cilenis Marulanda, mãe do jogador de futebol, foi libertada.
Mais de 200 policiais uniformizados continuaram a busca pelo pai na vizinha Serranía del Perijá, na fronteira com a Venezuela.
No domingo, circulou um comunicado do ELN no qual assegurava que a pressão militar não permitiu “a execução do plano de libertação com rapidez e segurança”, pelo que o exército retirou as suas tropas.
Na segunda-feira, o ELN ordenou uma “greve armada” de 72 horas no departamento de Chocó (sudoeste), o que implica restrições à mobilidade dos residentes.
Numa entrevista à AFP, um comandante da guerrilha daquela região denunciou uma suposta aliança entre o maior cartel de cocaína do mundo e o Exército.
“Enquanto continuar a existir conluio entre as Forças Militares e as forças mercenárias (…) é muito difícil avançar num processo político” de paz, aliás Lucas acrescentou no final de outubro, desde a selva do Chocó.
O sequestro de Manuel Díaz abala o processo de paz que o ELN mantém com o governo do esquerdista Gustavo Petro desde novembro, bem como o cessar-fogo bilateral de seis meses acordado entre as partes desde 3 de agosto.
O comandante militar da guerrilha, Antonio García, reconheceu no sábado que cometeram um “erro” com o sequestro.
Petro, no poder desde 2022, garantiu na semana passada que o sequestro quebra a “confiança” entre os negociadores em relação às “possibilidades de paz na Colômbia”.
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