Internacional
Chanceler de Israel diz a ministro que brasileiros devem sair de Gaza até quarta
Grupo deve sair pela passagem de Rafah para o Egito, onde embarcam em avião da Força Aérea Brasileira (FAB)

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, informou que o chanceler de Israel, Eli Cohen, garantiu a ele que um grupo de 34 brasileiros que está na Faixa de Gaza serão autorizados a deixar país até a próxima quarta-feira. A região sofre com um conflito com o grupo terrorista Hamas que já deixou mais de dez mil mortos.
Como O GLOBO mostrou, no início desta tarde, Vieira conversou com Cohen sobre o tema, pois até a terceira listagem divulgada com o nome de pessoas autorizadas a deixar Gaza, não havia o nome nenhum brasileiro incluído.
Brasil fora da lista: Aliados de Israel são privilegiados em autorizações para sair de Gaza
De acordo com o ministro, os 34 brasileiros, palestinos com residência no Brasil e parentes próximos deverão sair pela passagem de Rafah para o Egito, onde embarcam em avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
"O ministro Mauro Vieira falou hoje novamente ao telefone com o ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen. Vieira reiterou as gestões pela liberação da passagem dos brasileiros retidos em Gaza, para que possam ser imediatamente repatriados, via Egito", informou o Itamaraty, também pelas redes sociais.
Essa foi a terceira conversa entre os ministros nas últimas semanas e a primeira desde a abertura da fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza, que ocorreu na última quarta-feira. Ontem, Vieira havia falado com o chanceler egípcio, Sameh Shoukry, também na tentativa de agilizar a liberação de brasileiros pela fronteira do país.
Ao GLOBO, o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, negou que haja razões políticas para o fato dos brasileiros terem sido excluídos das primeiras listas de estrangeiros sendo liberados de Gaza. Os critérios para definir a inclusão de cidadãos não são claros. Egito, EUA, Catar e Israel são os responsáveis pelas tratativas para a liberação.
— Interpretar isso [a não inclusão de brasileiros] como sendo fruto da relação bilateral, ou política, é realmente uma análise incorreta. A lista não tem nada a ver com a relação bilateral do países. Na primeira lista, por exemplo, onde não constava os EUA, constava a Indonésia, que não reconhece Israel — diz Meyer.
O embaixador acrescenta que inicialmente eram seis mil pessoas aguardando a liberação e, além do Brasil, outros países pressionam para a inclusão imediata de seus respectivos cidadãos. Cerca de 500 estão saindo por ordem.
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