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Apuração da eleição na Argentina: segundo turno, contagem de votos e resultado para presidente

País sul-americano só teve 2º turno em eleições presidenciais duas vezes

Agência O Globo - 22/10/2023
Apuração da eleição na Argentina: segundo turno, contagem de votos e resultado para presidente

A eleição presidencial na Argentina pode definir, ainda neste domingo, o próximo ocupante da Casa Rosada. Pela lei eleitoral argentina, ao contrário do Brasil, não é necessário ter mais de 50% dos votos para vencer diretamente, o que torna a vitória após uma votação apenas um cenário mais comum.

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Na Argentina, a Constituição garante que para um candidato vencer no primeiro turno deve somar 45% dos votos válidos ou obter pelo menos 40% e superar o adversário mais próximo por mais de 10 pontos percentuais de diferença. Caso contrário, o cenário é de segundo turno entre os dois primeiros candidatos. Deve-se lembrar que estas regras não existem durante o segundo turno, onde uma maioria simples – “um único voto”, como se costuma dizer – garante a vitória.

O segundo turno foi introduzido na Argentina apenas em 1972, durante o governo do general Alejandro Agustín Lanusse, mas desde o retorno da democracia, em 1983, apenas duas eleições terminaram em segundo turno: em 2003, Néstor Kirchner e Carlos Menem - embora a disputa de fato nunca tenha ocorrido, porque o então ex-presidente desistiu do eleição - e em 2015, quando Mauricio Macri e Daniel Scioli chegaram a um segundo turno que foi decidido a favor do primeiro por 51,34% a 48,66%.

Quando seria o segundo turno?

A data do segundo turno está prevista desde a preparação do calendário eleitoral. O potencial segundo turno aconteceria em 19 de novembro, um domingo. Além disso, antes da nova ida às urnas, haveria um novo debate presidencial entre os candidatos classificados, que aconteceria no domingo, dia 12, na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.

Para que os eleitores argentinos votam neste domingo?

As eleições gerais são presidenciais e legislativas. Ou seja, define quem ocupará o Poder Executivo e também boa parte da composição do Poder Legislativo Nacional.

No Congresso serão renovadas 130 cadeiras de Deputados e um terço do Senado, ou seja, 24 membros. A Câmara Alta do país é renovada de dois em dois anos, por terços, e seus parlamentares têm mandato de seis anos. Votam para senador neste domingo as províncias de Jujuy, La Rioja, San Luis, Buenos Aires, Formosa, Misiones, San Juan e Santa Cruz.

Da mesma forma, algumas províncias e a Cidade Autônoma de Buenos Aires realizam eleições locais para governador, parlamentares locais e autoridades municipais paralelamente às eleições nacionais.

Também será definida a composição do Parlasul, que é o Parlamento do Mercosul.