Internacional
Mauro Vieira diz que não há nada concreto sobre a retirada de brasileiros da Faixa de Gaza
Segundo ministro das Relações Exteriores do Brasil apenas ajuda humanitária passou pela fronteira com o Egito
Autoridades internacionais ainda buscam uma solução para a saída de nacionais na faixa de Gaza, centro do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Do lado brasileiro, são 26 cidadãos que aguardam a liberação da fronteira para a saída de pessoas.
Neste sábado, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, ressaltou, durante participação na Conferência de Paz no Cairo, no Egito, a necessidade de corredores humanitários na região do conflito. Após a encontro, ele foi questionado sobre abertura da fronteira para que os nacionais saiam de Gaza:
— Ainda não temos nada concreto (...) houve a abertura da fronteira pela passagem de Rafah, apenas para a entrega de ajuda humanitária, espero que tão logo possível, que se permita a saída desses brasileiros e também de nacionais de outros possíveis — disse, reforçando que o Brasil utiliza de todos os esforços diplomáticos para esse fim, em vídeo divulgado pelo Itamaraty.
Em seu discurso nesta manhã, Mauro Vieira voltou a condenar os ataques do grupo terrorista Hamas e fez críticas à reação de Israel, que segundo ele tem responsabilidade pela crise humanitária que assola a região de Gaza.
O encontro reuniu representantes de cerca de 30 países e organismos internacionais, incluindo representantes dos países que são membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU.
Na discussão houve consensos em pontos como a necessidade imediata “saídas humanitárias” e da criação dos dois estados independentes (Israel e Palestina), “vivendo lado a lado, em paz, e com fronteiras internacionalmente reconhecidas”, diz Vieira.
— Houve também um consenso de que é indispensável a cessação de hostilidades e o fim da violência que tem acontecido, com mortes repetidas, numerosas, de lado a lado. Maiores ainda do lado palestino, mas uma situação realmente calamitosa — declarou o ministro brasileiro.
No dia 25 de outubro, ocorre um novo debate do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação do Oriente Médio, com destaque para a questão palestina.
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