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A inexorabilidade da Globalização
Escrevera o magnânimo Economista-acadêmico-embaixador do Brasil (Inglaterra/EUA), Roberto de Oliveira Campos (17.04.1917 - 9.10.2001): “É divertidíssima a esquizofrenia de artistas/intelectuais de esquerda: Adoram também as três coisas que só o capitalismo dar - bons cachês em moeda forte, ausência de censura e comunismo burguês. São filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola”.
O Lord John Maynard Keynes (1883-1946), com sua valiosa Teoria Geral, publicada em 1936, sucumbiu o liberalismo econômico dos séculos XVIII e XIX, isto é, fragmentou a “mão invisível”, desmontando o equilíbrio automático sustentando pela “ Lei de Say”.
Agora, o capitalismo reveste-se da roupagem do neoliberalismo, que, por sua vez, mundializa a produção para atender aos ditames do novo ordenamento econômico. A doutrina neoliberal provoca o fenômeno da globalização e, por conseguinte, torna-se inevitável em função da integração das unidades produtivas.
Por essas razões, a cada país urge adotar política econômica compatível com a nova visão mercadológica. E, consequentemente, a produção nacional cede lugar à nova escala de bens e serviços produzidos a preços acessíveis e competitivos.
A bem da verdade, os países subdesenvolvidos estão obrigados a conviver com as novas condições impostas pelos países altamente industrializados. Dos países asiáticos ao mercado brasileiro, a concorrência é vencida pela boa qualidade do produto. E, por isso, a rotulagem para ascender no mercado passa pela competência de fazer.
Por outro lado, na esteira da globalização, vê-se o aprofundamento da internacionalização das empresas, o aumento da produtividade de corrente de novas tecnologias/comercialização. E, finalmente, o enfraquecimento de barreiras protecionistas dos mercados nacionais, associando-se a blocos econômicos para enfrentar ás adversidades.
No Brasil, particularmente, há gravíssimos problemas na estrutura agrária, no sistema educacional, na saúde pública, na pesquisa científica-tecnológica, na infraestrutura urbana. Por isso, a inexorabilidade da globalização tem que ser levada a sério pelo governo federal. Do contrário, dar-se-á o impacto com a novo ordenamento econômico mundial.
O atual presidente do Banco Central, Dr. Roberto Campos Neto, necessariamente, tem que ser ouvido para não gerar excessos de moeda no mercado interno, bem como haver a contenção de despesas com pessoal. Deve-se observar a independência do BACEN, a fim de evitar a desgovernabilidade.
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