Cidades
Negligência à vida: Gestão permite atendimento pediátrico sem qualificação na UPA palmeirense

Ontem (12) a revelação de que a pediatria instalada na UPA de Palmeira dos Índios tinha entrado em colapso repercutiu em toda região de Palmeira dos Índios porque o serviço atende a vários municípios da 8ª circuscrição.
Após a denúncia chegada à redação e em checagem incisiva, revelou-se uma triste realidade que a prefeitura de Palmeira dos Índios ainda tenta encobrir.
O serviço inaugurado em 2021 e que não funciona a contento é motivo de reclamação constante da população que carece da assistência.
Após a publicação da matéria a secretaria de saúde, flagrada em sua incompetência e desídia com o cidadão palmeirense e da região tratou de publicar no site da prefeitura uma fake news tentando “desmentir”, o que toda população que precisa da assistência pediátrica sabe.
Enquanto a administração municipal afirmava que a pediatria da UPA funcionava plenamente, os números e relatos pintam um quadro alarmante e contrário.
A Pediatria que a SMS ressalta é só o espaço que já existia.
Neste instante, as denúncias reveladas à Tribuna do Sertão partem de próprios servidores da unidade de pronto atendimento, que relatam por exemplo que a escala do mês de setembro já mostrava anomalias, com apenas um pediatra em meio a clínicos recém-formados.
Para piorar, a UPA, classificada como porte 3, deveria contar com três clínicos e um pediatra, mas opera atualmente com dois clínicos e um outro clínico que atende como pediatra. E para comprovar é só as autoridades competentes requererem o histórico de escalas da UPA nas últimas semanas.

A Tribuna do Sertão irá mais além, em outras oportunidades, expondo quem está realmente comandando a UPA de Palmeira dos Índios à distância e como está sendo executado o serviço, enquanto os próprios servidores, temendo retaliações, denunciam em sigilo.
A saúde na cidade se tornou uma verdadeira "casa da tia Julia", e é crucial que medidas sejam tomadas para corrigir essa situação urgentemente.
A negligência na administração da saúde em Palmeira dos Índios é um insulto à comunidade que confia na assistência médica. Não podemos ignorar a falta de médicos qualificados em pediatria e o desrespeito às normas de funcionamento das UPA's. O que está acontecendo nessa cidade é um desrespeito à vida das crianças e à ética profissional. É inaceitável que servidores tenham que recorrer ao sigilo da fonte para denunciar a gestão que é realizada à distância, revelando um clima de medo e intimidação. A população de Palmeira dos Índios merece transparência e um sistema de saúde eficiente, não uma "casa da tia Julia" onde a negligência coloca vidas em risco. As autoridades devem agir de forma imediata e eficaz para corrigir essa situação caótica.
Profissionais sem qualificação
A atuação de profissionais que atendem em serviços médicos sem a devida qualificação é um problema sério que coloca vidas em risco. A penalidade para essas práticas varia de acordo com a legislação vigente, mas inclui a possibilidade de ação legal, sanções administrativas, multas e até mesmo prisão, dependendo da gravidade das violações. Além disso, a perda da licença para exercer a profissão é uma medida necessária para proteger a sociedade. Não podemos tolerar que pessoas sem formação adequada desempenhem funções médicas, colocando em risco a saúde e o bem-estar da população. É fundamental que as autoridades competentes atuem com rigor para coibir tais práticas e garantir a integridade dos serviços de saúde.
A complacência da administração perante a contratação de médicos não qualificados para a pediatria é uma afronta à ética e à segurança dos pacientes. Essa conivência não só desrespeita a vida das crianças, como também lança uma sombra de desprezo sobre a integridade do sistema de saúde. Os gestores que permitem e compactuam com essa prática irregular são cúmplices diretos dos riscos à saúde pública. Suas ações irresponsáveis não apenas desafiam a lei, mas também demonstram uma total falta de consideração pela vida e pelo bem-estar das crianças e de suas famílias. É imperativo que a justiça intervenha de forma decisiva, responsabilizando aqueles que promovem tais ações e garantindo que a saúde da comunidade seja tratada com o respeito e a seriedade que merece.
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