Internacional

Netanyahu defende governo de união nacional e diz que 'tempo das divisões acabou' em Israel

Procedimento foi adotado no passado às vésperas da Guerra dos Seis Dias, em 1967

Agência O Globo - 09/10/2023
Netanyahu defende governo de união nacional e diz que 'tempo das divisões acabou' em Israel
Netanyahu - Foto: Reprodução

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu, nesta segunda-feira, que os partidos de oposição participem de um governo de unidade nacional de emergência "sem condições prévias", em resposta à ofensiva do grupo extremista Hamas, iniciada no sábado. O procedimento já foi adotado no passado às vésperas da Guerra dos Seis Dias, em 1967, que reconfigurou as fronteiras do país com a anexação de territórios do Egito e da Síria.

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— As divisões entre nós acabaram. Estamos todos unidos. E quando estamos unidos, vencemos — disse o premier.

Netanyahu elencou cinco ações que deverão ser tomadas pelo país a partir de agora — as duas primeiras, já em andamento. Primeiro, derrotar os combatentes do Hamas que seguem em território israelense e impedir que outros consigam entrar. Segundo, realizar uma ampla operação ofensiva contra o Hamas.

Em seguida, proteger outras frentes no país, como a fronteira norte com o Líbano, onde deste domingo foram registradas trocas de tiro com o Hezbollah, além da Judeia e Samaria, próximas à Cisjordânia. O quarto objetivo é obter apoio internacional para operação, como anunciado pelos Estados Unidos, de forma que a "liberdade de ação de Israel" seja legitimada. E, por fim, e segundo ele mais importante, solidificar a unidade nacional do país.

Netanyahu declarou que a reação israelense está apenas começando e que as imagens de destruição em Gaza "são apenas o começo".

— Já eliminamos centenas de terroristas e não vamos parar por aí — afirmou.

O premier ainda agradeceu o apoio americano "em palavras e ações", e disse que está em "contato constante com o presidente Biden". Na sua avaliação, o anúncio do envio do porta-aviões americano manda uma mensagem que "nossos inimigos comuns entendem bem". O governo dos EUA também está deslocando sua força naval para o Mediterrâneo e disse que mais ajuda virá nos próximos dias.