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A soma e o resto

Dartagnan Zanela 29/09/2023
A soma e o resto
Dartagnan - Foto: Arquivo

Bruce Lee, certa feita havia dito que ele não se impressionava nem um pouco com um homem que, um dia, tenha praticado mil golpes diferentes, mas que ele respeitava profundamente o homem que praticou mil vezes o mesmo golpe.

Dito de outro forma, a prática leva-nos à superação e, deste modo, nos aproxima da perfeição. Aliás, como nos adverte a sabedoria dos antigos, essa tal de repetição é a mãe do aprendizado.

A repetição é a mãe do aperfeiçoamento do corpo, da mente, da alma e do caráter.

As supostas novidades metodológicas irrefletidas, as pedagogices populistas, que são mecânica e burocraticamente impostas, não o são, apesar de serem ovacionadas como se fossem a salvação da lavoura, com seus números artificiosos e índices mefistofélicos.

E por isso mesmo insistimos em lembrar: a repetição é a mãe do aprendizado, não a implementação impensada e constante de toda e qualquer traquitana tecnológica que nos pareça “diferentona”, ou algo que o valha.

Não é à toa que, mais uma vez, os doutos em educação, e os burocratas que compram essas ideias furadas, estão equivocados até o tutano e, não é por acaso que os mestres em artes marciais tem muito mais a nos ensinar do que essa turma toda.

Ao repetirmos algo temos a oportunidade de corrigir nossos erros, lapidar nossos modos, aprimorar o nosso estilo, aquilatar a nossa maneira de ser e, desdenhar o valor disso tudo é muito perigoso, pois, como nos ensina Confúcio, não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros. Erros piores, bem piores que os primeiros, por serem justificados pela soberba que foi aprendida pela falta de correção.

Enfim, por essas e outras que a repetição é mãe, uma boa mãe, já as pedagogices populistas hi-tec, não conseguem nem mesmo ser uma madrasta de conto de fadas.