Internacional

Estrelas como Ariana Grande e Mark Ruffalo assinam carta em protesto contra censura de livros nos EUA

Lançamento do documento coincide com o Mês Nacional do Livro Proibido, movimento liderado por integrantes do Partido Republicano e grupos conservadores

Agência O Globo - 20/09/2023
Estrelas como Ariana Grande e Mark Ruffalo assinam carta em protesto contra censura de livros nos EUA

Ariana Grande, Guillermo del Toro, Mark Ruffalo e Amanda Gorman estão entre os mais de 175 atores, artistas, autores, ativistas e outros que assinaram uma carta aberta pedindo que Hollywood use sua influência para se opor à proibição de livros, nos Estados Unidos.

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Segundo reportagem do The Guardian, a carta - encabeçada pelo apresentador do Reading Rainbow, LeVar Burton, e publicada por meio da organização de defesa política MoveOn Political Action - chama a proibição de livros nas escolas americanas de "comportamento restritivo" que é "contrário à liberdade de expressão e expressão".

"Não podemos enfatizar o suficiente como esses esforços de censura não terminarão com a proibição de livros", alerta a carta. "É apenas uma questão de tempo até que ideólogos repressivos mudem seu foco para outras formas de arte e entretenimento, para promover seus ataques e esforços para criar bodes expiatórios em comunidades marginalizadas, particularmente pessoas Bipoc ( termo que designa negros, indígenas e pessoas de cor) e LGBTQ+".

O lançamento do documento coincide com o Mês Nacional do Livro Proibido - um movimento de governos liderados por republicanos e grupos conservadores para proibir livros nas escolas, particularmente aqueles relacionados a questões LGBTQ+ ou raça.

De acordo com o Guardian, as proibições de livros atingiram um recorde histórico nos EUA, em 2022. A organização de pesquisa Pen America registrou mais de 4 mil proibições em distritos escolares, desde junho de 2021. No Texas, houve 1.269 tentativas de censura documentadas para restringir 2.571 títulos únicos em 2022 – o maior número já registrado pelo Escritório de Liberdade Intelectual da Associação Americana de Bibliotecas e o dobro dos 729 desafios de livros feitos em 2021.