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Erros nos livros didáticos
Com a autoridade de quem lidou com o assunto por mais de 20 anos, tempo em que dirigi Bloch Educação, no Rio de Janeiro, posso afiançar que a Secretaria de Estado de Educação de São Paulo errou feio ao recusar a colaboração do Programa Nacional do Livro Didático. Esnobou o grupo que tem enorme expertise e fez, com incompetência flagrante, a produção de materiais por conta própria, com equívocos de toda sorte.
No livro de História, por exemplo, afirma-se que foi D. Pedro II quem assinou a Lei Áurea, desconhecendo o fato de que a assinatura coube à Princesa Isabel. Ela não foi nem lembrada. Quem é o “professor” que inventou isso?
Mais adiante, como se a autoria fosse de algum ET estranho, diz-se que a capital paulista tem praia, o que é uma inverdade total. Isso tudo nos materiais didáticos distribuídos pela Secretaria às escolas, para uso nas suas aulas digitais. Datas? Também há falhas incríveis, como o desconhecimento do período em que Jânio Quadros foi prefeito de São Paulo. Isso tudo somado a incríveis erros gramaticais, como se tivesse faltado uma boa revisão nos textos aprovados pela Secretaria de Educação.
Dizem que o titular da Pasta tinha interesses pessoais na adoção dos novos materiais. Disso ainda não se tem provas, mas é estranho esse procedimento, que prejudica evidentemente o alunado paulista. Com essas idas e vindas, não há dúvida, o prejuízo é para todo o sistema, além de evidentemente dos recursos gastos para nada.
O modelo adotado pelo MEC merece um aperfeiçoamento constante. Mas a condução dada por Renato Feder merece uma completa condenação. É certo que ele voltou atrás, vai recorrer aos livros didáticos oficiais, mas o que se pergunta é a valia de toda essa condenável aventura.
A Secretaria anunciou que afastou dos seus quadros os responsáveis pelos erros no material digital. Nada justifica a pressa dessa equivocada decisão, mesmo que já tenham sido tomadas providências para a correção do material. Pra que submeter professores e alunos a tudo isso?
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