Internacional
Lula assume presidência do G20 com combate à fome e ao aquecimento global como prioridades
Estão previstas na agenda do presidente quatro reuniões bilaterais, às margens da Cúpula do G20
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá neste domingo, do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, a presidência do G20. Será uma entrega simbólica, uma vez que, oficialmente, o Brasil assumirá o comando do grupo a partir de dezembro, para um mandato que terminará em novembro, com a realização de uma reunião de líderes, em novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
No sábado, o presidente anunciou duas medidas que o Brasil tomará na presidência do G20: o lançamento da Aliança Global contra a Fome e de uma Força Tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
Neste domingo, Lula apresentará as diretrizes a serem seguidas pelo Brasil na presidência do grupo, formado pelas maiores economias do mundo: inclusão social e combate à fome, à pobreza e à desigualdade; promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental; promoção de efetiva reforma das instituições de governança global, "que reflita a geopolítica do presente", segundo o Palácio do Planalto.
Com a presidência brasileira do G20, haverá mais de uma centena de reuniões oficiais em todo o território nacional: cerca de 20 reuniões ministeriais, mais de 50 reuniões de vice-ministros e altos funcionários, e dezenas de eventos paralelos, como seminários e visitas técnicas, organizados com entidades dos meios acadêmicos, governamental, empresarial e organismos internacionais.
GHANDI
Lula iniciou o dia em uma cerimônia de aposição floral no Memorial Raj Ghat Mahatma Ghandi, junto com os demais líderes do bloco — que no sábado recebeu como novo membro a União Africana. Neste momento, o presidente participa da terceira e última sessão do G20, com o tema "Um futuro".
BILATERAIS
No último dia da Cúpula do G20, estão previstas na agenda de Lula quatro reuniões bilaterais: Emmanuel Macron, presidente da França; Mark Rutte, primeiro-ministro dos Países Baixos; Charles Michel, presidente do Conselho Europeu; e Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia.
Em seu discurso de abertura da Cúpula do G20, no sábado, Lula voltou a cobrar dos países desenvolvidos um comprometimento maior no combate ao aquecimento global. Em seguida, em outra fala, ele defendeu a redução das desigualdades e uma reforma no sistema financeiro internacional.
O principal objetivo de Lula, ao participar da reunião de líderes foi enfatizar temas de interesse das nações em desenvolvimento. Um deles é o aumento da participação desses países no Conselho de Segurança da ONU.
Lula voltou a defender o maior engajamento nas negociações para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, em guerra desde fevereiro do ano passado. Em entrevista a uma emissora de televisão da Índia, ele afirmou que, se o presidente da Rússia, Vladimir Putin — que tem um pedido de prisão do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra contra ucranianos — for ao Brasil na Cúpula do G20, não será preso.
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