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Carinho eterno
Dias atrás, estive no plenário da casa Tavares Bastos, a Assembleia Legislativa de Alagoas, quando orgulhosamente recebi a comenda Divaldo Suruagy.
Sempre soube ser a felicidade, momento durável de satisfação, onde o indivíduo se sente plenamente realizado, instante no qual eventuais sofrimentos são neutralizados, enquanto o peito preenche-se de alegria.
Esse foi o sentimento trazido no coração, desde quando em março de 2023, fui informado que por indicação do amigo engenheiro deputado sertanejo Inácio Loyola, havia o meu nome sido aprovado de forma unânime, por deputados que compõem a atual legislatura, para ser entronizado comendador.
Agendado o início do evento para duas horas da tarde, ratificando uma das minhas características, cheguei pontualmente ao local, e confesso restei impressionado com a multidão de personagens ali presentes, superlotando todas as dependências do histórico auditório, desde seu salão principal até suas galerias superiores e salas auxiliares.
Utilizando termo bem atual, no recinto enxerguei integrantes de todas as tribos que frequentei em diferentes fases existenciais: rua Paulo Neto no Trapiche, Comendador Palmeira e Santa Cruz no Farol, Colégio Marista, UFAL quer seja como aluno ou professor, diversas academias de letras, tribunais onde milito como perito, atletas amadores da orla de Maceió, familiares queridos, vindos também de outros estados.
Extremamente feliz, repito, acompanhei cada segundo da solenidade como se eternos fossem. Os adoráveis discursos proferidos por Inácio e Ênio Lins, verdadeiras pérolas literárias, cujo teor tenho certeza jamais esquecerei, até porque nos dias atuais contamos com o artifício tecnológico conhecido por youtube, o qual poderei acessar facilmente sempre que a vontade apertar.
Mas, no momento de minha fala, acho talvez iluminado por Deus e encorajado por tal condição, apesar de haver preparado texto escrito, cujo teor em breve será publicado, resolvi expressar-me de improviso, por considerar que quando se fala sobre quem respeita e quer bem, palavras vindas espontaneamente do coração, possuem valia que nenhum tesouro cultural pode suplantar.
E ali estive eu, por quase vinte e cinco minutos de forma ininterrupta, a discursar para plateia de todas as idades, eras e locais, os quais olhando-me fixamente, posso até dizer quase sem respirar, exceto em duas oportunidades, quando aplaudiram determinadas colocações por mim feitas, me passavam energia dígna dos deuses do olimpo.
Os experientes oradores dizem ser o grande perigo das falas improvisadas, o fato de que quase sempre algo importante resta esquecido de ser mencionado. E tal negligência aconteceu comigo naquele momento, posteriormente entristecendo-me.
Deixei de agradecer aos meus amores maiores: Ana, minha musa, mãe dos meus três anjos de candura, Bruna, Larissa e Flávia, avó das fortunas de minha vida, Arthur, Beatriz, Leonardo, Leticia, Gabriel e Matheus, netos amados, cujos nomes trago tatuados nas costas, e também genitora de Arthur o Tuca, Rodrigo e Cesinha, criaturas fantásticas, que se incorporaram à família Lanverly como maridos de nossas filhas. A todos eles, esteios do cotidiano que levo, não somente peço desculpas, mas acima de tudo desejo carinho eterno.
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