A Ucrânia está por trás do ataque a drone que atingiu o aeroporto russo de Pskov, perto da fronteira com a Estônia, que destruiu aviões de transporte militar e foi classificado como o mais significativo ao território inimigo desde o começo da guerra, realizado na quarta-deira. A informação foi confirmada por uma autoridade ucraniana, ouvida pela BBC.

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O ataque ao aeroporto, que serve de base para uma famosa divisão de paraquedistas russos que estariam envolvidos no massacre a civis na cidade ucraniana de Bucha, destruiu aviões de transporte militar Il-76. Ao menos quatro deles foram atingidos pelas chamas, e dois ficaram completamente destruídos.

Inicialmente, a Ucrânia não reivindicou o ataque a drone em Pskov (ou nenhuma das outras cinco tentativas que chegar ao território russo, em Bryansk, Oryol, Kaluga, Ryazan e no distrito de Ruza, nos arredores da região de Moscou). No entanto, uma autoridade do Ministério da Defesa ucraniano confirmou nesta quinta-feira que ao menos a ação no aeroporto foi de autoria das forças de inteligência de Kiev.

Ainda nesta quinta, o presidente Volodymyr Zelensky afirmou que uma arma ucraniana atingiu um alvo a 700 Km de distância, mas não mencionou o tipo de armamento utilizado ou o alvo em questão. A ofensiva descrita pelo presidente, porém, corresponde ao ataque ao aeroporto.

A guerra aérea entre Kiev e Moscou se intensificou na quarta-feira, enquanto os dois lados do conflito reivindicam pequenos avanços em solo. O comando militar da Ucrânia informou que a defesa antiaérea do país derrubou mais de 28 mísseis de cruzeiro e 16 drones explosivos na quarta-feira. Em paralelo, autoridades de Moscou confirmaram que um novo drone foi abatido quando seguia em direção a capital nesta quinta. Na quarta, oito foram destruídos, segundo os russos.

Além do aeroporto, um depósito de combustível em Kaluga e uma fábrica de microeletrônica em Bryansk, onde são fabricados componentes para sistemas de armas russos, também foram atingidos nesses ataques.