Internacional

Líder do Wagner publica primeiro vídeo após motim contra Rússia e sugere que está na África

Segurando um fuzil, Yevgeny Prigojin afirma que influência de Moscou cresceu no continente africano e que os paramilitares tornam 'a vida um pesadelo para o Estado Islâmico e o al-Qaeda'

Agência O Globo - 21/08/2023
Líder do Wagner publica primeiro vídeo após motim contra Rússia e sugere que está na África
Yevgeny Prigojin - Foto: Reprodução

O fundador do grupo Wagner, Yevgeny Prigojin, publicou nesta segunda-feira seu primeiro vídeo desde o motim fracassado contra a alta cúpula de Defesa da Rússia. O líder dos mercenários sugere, na imagem publicada no Telegram por canais de apoiadores, que está no continente africano.

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Prigojin aparece no vídeo usando uniforme militar camuflado, colete a prova de balas com cartuchos de munições, e segura um fuzil nas mãos. Ao fundo, é possível ver uma caminhonete com outros homens armados.

Agências independentes não conseguiram checar a localização exata e a data onde o vídeo foi feito. Mas os canais de apoiadores do grupo Wagner no Telegram sustentam que a gravação ocorreu em um país da África.

— A temperatura é de 50ºC, tudo como gostamos. O grupo Wagner torna a Rússia ainda maior em todos os continentes e a África, mais livre. Justiça e felicidade para o povo africano, estamos tornando a vida um pesadelo para o Estado Islâmico e para a al-Qaeda e outros bandidos — diz Prigojin no vídeo.

O líder dos mercenários acrescenta que o grupo Wagner está recrutando soldados e que vai cumprir as tarefas que foram definidas".

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Em julho, Prigojin chegou a aparecer em um outro vídeo. Ele cumprimentava seus soldados na Bielorrússia, onde muitos se exilaram desde o motim contra a Rússia. No entanto, esta é a primeira vez que ele faz declarações públicas após a rebelião.

A rebelião de Progojin contra o Kremlin começou na noite de 24 de junho, após o líder paramilitar afirmar que o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, ordenou o bombardeio contra posições do grupo na Ucrânia.

Em represália, os mercenários cruzaram a fronteira de volta para a Rússia e, sem resistência, tomaram a cidade de Rostov-no-Don, onde assumiu o controle das instalações militares. O presidente Vladimir Putin acusou os mercenários de traição, e prometeu uma punição severa a todos, anunciando que havia dado as ordens necessárias ao Exército para restaurar a ordem.