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VAR decide vaga da Suécia que derruba os EUA em cobrança de pênaltis

Partida terminou empatada em 0 a 0 no tempo regulamentar e na prorrogação; cobrança de Hurtig definiu placar de 5 a 4

Agência O Globo - 06/08/2023
VAR decide vaga da Suécia que derruba os EUA em cobrança de pênaltis

Os Estados Unidos, que buscavam o pentacampeonato mundial, caíram nas oitavas de final da Copa do Mundo Feminina, no Aami Park, em Melbourne, na Austrália. E isso nunca havia acontecido antes. A Suécia foi a responsável por eliminar as atuais bicampeãs em jogo tenso, com emoção nas cobranças de pênaltis.

Foi no detalhe, por milímetros, mas a Suécia fez história: a equipe europeia se classificou para as quartas de final por 5 a 4, em disputa de pênaltis, após empate sem gols durante 120 minutos. Na sétima cobrança e primeira vez em que a Suécia poderia fechar o placar, Hurtig garantiu a vitória em cobrança que inicialmente parou em defesa de Naeher, mas voltou para o gol e passou apenas alguns milímetros da linha. O uso da tecnologia foi acionado e o gol validado.

A disputa de pênaltis entre Suécia e EUA precisou de 14 cobranças para ser decidida. Megan Rapinoe, a grande estrela norte-americana e que se aposenta após este Mundial, perdeu sua cobrança, ao isolar a bola para cima do gol, quando o placar estava 3 a 2 para os EUA. E a jovem Sophia Smith poderia ter fechado o jogo mas também errou seu chute. Kelly O'hara, também pelos EUA, acertou a trave. Já Sullivan, Horan, Mewis, e a goleira Narher converteram.

Pela Suécia, Bjron isolou e Blomqvist parou em Narher. Rolfo, Rubensson, Bennison, Eriksson e Hurtig converteram.

As americanas se despedem do Mundial com uma campanha bem abaixo da expectativa, com apenas uma vitória em quatro jogos e uma classificação na segunda posição na fase de grupos. Até então, elas haviam chegado pelo menos até as semifinais em todas as edições anteriores.

Já a Suécia, que ainda busca seu primeiro título mundial, enfrentará o Japão, que vem sendo um dos destaques desta Copa do Mundo. O duelo será realizado na madrugada de sexta-feira, às 4h30 (de Brasília), em Auckland, na Nova Zelândia. O melhor resultado da Suécia foi o vice-campeonato em 2003.

A goleira Musovic foi o grande destaque da partida. Mesmo sem pegar nenhuma cobrança de pênalti, foi a responsável direta pelo duelo não ter sido resolvido no tempo normal. A arqueira do Chelsea foi eleita a melhor jogadora da partida graças a pelo menos quatro defesas decisivas, que impediram os EUA de abrirem o placar durante os 120 minutos de duelo.

As americanas haviam sido superiores no jogo. Tanto no tempo regulamentar como na prorrogação. Os EUA controlaram a bola, ocuparam o campo adversário. Já a Suécia se fechou e tentou no contra-ataque.

Nos 90 minutos adicionais, as duas equipes buscaram o jogo, tiveram problemas para passar pela marcação adversária e Musovic foi o grande nome da partida, fechando o gol. A Suécia segurou a pressão e tentou na velocidade e bola parada, mas sem grande perigo.

Na segunda etapa da prorrogação, as duas equipes sentiram o jogo. Muitas vezes sem forças para chegar nos lançamentos, as jogadas de perigo quase não aconteceram e o 0 a 0 seguiu até o fim dos 120 minutos.