Esportes
Jogos Mundiais Universitários – Dia 6: estreia do vôlei em Chengdu

Integrar a delegação da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) em Chengdu (China) me proporcionou um dia inesquecível: fazer parte da equipe do vôlei masculino, podendo estar ao lado dos atletas e da comissão técnica do início ao fim. Acompanhar e sentir a ansiedade antes de entrar na quadra, a confiança, a euforia, as dificuldades e também a derrota.

No caminho para o ginásio Hongyi, a trilha sonora se alternava entre funk, rap e pagode. Era um clima familiar, uma 'brasilidade' que ainda não havia sentido desde que cheguei a Chengdu. No vestiário, durante a concentração e preparação para entrar em quadra, a banda Charlie Brown Jr. tocava na caixa de som: “histórias, nossas histórias. Dias de luta, dias de glória”. O Brasil sabia que ia precisar lutar muito.
Nem todos os jogadores treinam juntos, apenas os da Universidade do Oeste de Santa Catarina. Portanto, o entrosamento precisa ser adquirido durante a competição. Antes da estreia oficial, o Brasil já tinha feito um amistoso contra a mesma Alemanha, e foi derrotado até com certa tranquilidade.
Mas, como mesmo disseram os jogadores durante a preleção do técnico Evandro Elias Pontes, a camisa amarela pesa. Após a corrente de oração e a palavra do capitão Vinícius Silveira, o time brasileiro saiu do vestiário confiante.
Talvez nem os alemães esperassem um time tão focado. No meio do primeiro set, um possível receio de ser batido deu lugar à esperança da vitória. Os brasileiros chegaram a abrir uma vantagem de cinco pontos, mas a forte seleção alemã reagiu e o set foi decidido no detalhe.
Os dois sets finais mostraram que a Alemanha está em um momento melhor. Mesmo assim, o Brasil lutou muito. Claro que os atletas não gostaram da derrota, porém, o jogo equilibrado dá confiança para lutar por uma vaga na próxima fase, como revelou o capitão Vinícius.
“A gente sabia que a Alemanha era bem entrosada, com jogadores bem altos. A gente deixou escapar o primeiro set por alguns vacilos de entrosamento, principalmente, dentro de quadra, mas acho que a gente mostrou um bom voleibol . A gente agradece a toda torcida brasileira, que faz uma diferença absurda, inclusive a torcida chinesa que apoiou a gente. A gente tá confiante. Vamos pegar Taipei-China e Itália, mas jogo a jogo vamos evoluindo. O grupo está se conhecendo, às vezes é difícil para ganhar entrosamento em pouco tempo, mas botando a camisa do Brasil a ganha uma motivação muito alta. Então vamos para cima”.
A delegação brasileira está em Chengdu com 150 atletas em 11 das 18 modalidades em disputa no evento: saltos ornamentais, badminton, tênis de mesa, taekwondo, kung fu (a arte marcial é denominada de wushu na China), basquete, natação, atletismo, judô, tênis e voleibol.
* Maurício Costa viajou como integrante da delegação da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). A entidade convidou a EBC para participar da cobertura durante os 17 dias de competição em Chengdu.
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