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Síndrome de Cotard: conheça o distúrbio raro que leva a pessoa a pensar estar morta
Também conhecida como 'síndrome do cadáver ambulante', ela pode levar à autoinanição e complicações médicas causadas pela depressão e ansiedade causadas pelos delírios sobre a morte

A morte sempre gerou dúvidas na humanidade, mas, seguindo a máxima de Descartes, "penso, logo existo". No entanto, pessoas com a síndrome de Cotard, distúrbio neuropsiquiátrico raro, pensam que estão mortas. A condição, também chamada de "síndrome do cadáver ambulante" gera delírios no paciente em que ele pode chegar a acreditar ser um cadáver feito de órgãos apodrecidos ou um espírito imortal.
Um dos casos registrados, publicado como Relatos de Casos Psiquiátricos no portal de revistas científicas Hindawi, um homem com 49 anos decidiu doar todos os seus pertences e parou de cuidar de si mesmo. Após ser internado, ele declarou já estar morto, por isso não seu estômago não funcionava, seu fígado estava decomposto, seu cérebro estava paralisado e seu rosto não tinha sangue.
Como o distúrbio funciona?
Identificada na literatura científica pela primeira vez em 1880 por Jules Cotard, os sintomas ligados à condição são "melancolia ansiosa, idéias de danação ou rejeição, insensibilidade à dor e delírios niilistas em relação ao próprio corpo ou existência", de acordo um estudo publicado na revista Psychiatrist. Um dos principais riscos da síndrome é o quadro de auto-inanição, no qual a pessoa para de se alimentar, manter a higiene e uma rotina, por não acreditar que esteja viva.
Ainda que as pesquisas sobre Cotard sejam escassas, de acordo com os cientistas, existem três formas dela se manifestar psicologicamente. São elas:
"A primeira forma extraída de seu estudo descreve uma depressão psicótica com melancolia proeminente, mas poucos delírios niilistas. Cotard tipo 1 é a segunda forma, identificando um componente delirante mais proeminente sobre a depressão. Cotard tipo 2 é a terceira forma, identificando a presença de um misto de ansiedade, depressão e alucinações auditivas", descreve o artigo.
Atualmente, existem alguns tratamentos eficazes para a síndrome, incluindo uma série de medicamentos e formas de terapia.
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