Internacional
James Cameron diz que explorar oceano profundo é 'mais seguro que entrar em avião'
Diretor de 'Titanic' visitou destroços do navio 33 vezes; para ele, desastre de submersível da OceanGate foi causado porque os 'riscos mais óbvios' não foram considerados
Explorar as profundezas do oceano é "mais seguro do que pegar um elevador ou entrar em um avião". É o que afirmou o cineasta James Cameron em entrevista ao jornal britânico "The Guardian". Ele acrescentou, no entanto, que a equipe por trás da recente expedição ao Titanic não conseguiu prever os "riscos mais óbvios" de qualquer viagem em alto mar.
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Titan: Tripulação percebeu o que ia acontecer entre 48 e 71 segundos antes da implosão, diz especialista
Em junho, o fundador da OceanGate Expeditions, Stockton Rush, o explorador veterano Paul-Henri Nargeolet e outros três turistas se aventuraram nas profundezas do Atlântico Norte para ver os destroços do Titanic. Chamado Titan, o submersível perdeu o contato com a superfície, o que provocou esforços internacionais para resgatar os tripulantes.
Dias depois, os destroços da embarcação foram encontrados no fundo do oceano, e a Guarda Costeira dos Estados Unidos concluiu que uma "implosão catastrófica" havia matado instantaneamente todos que estavam a bordo. Depois do desastre, críticos apontaram preocupações sobre o uso do casco de fibra de carbono, material utilizado pela OceanGate.
— Quando você já está há 25 anos no processo de construção de veículos para ir nas profundezas do oceano e está trabalhando com pessoas experientes, você já conhece tudo o que pode dar errado — disse ele, que já fez 33 mergulhos até os destroços do Titanic, ao "The Guardian".
O trágico fim da expedição gerou uma onda de ceticismo público sobre as viagens em alto mar, especialmente com relação àquelas que envolvem turistas. Além disso, levantou debate sobre a segurança e o propósito dessas missões. Para Cameron, no entanto, a polêmica ignora as "milhares de horas de testes e engenharia necessárias para garantir que submersíveis sejam seguros".
— Não houve fatalidades na comunidade de submersão profunda. Zero fatalidades, zero incidentes em que pessoas ficaram feridas ou em que um submersível foi perdido e teve que ser recuperado pela guarda costeira. Zero em meio século — ressaltou ele. — Mas é preciso um incidente para acordar todo mundo.
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