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O professor do futuro

Arnaldo Niskier 30/05/2023
O professor do futuro
Arnaldo Niskier - Foto: Arquivo

Lançado com muito sucesso pela ABMES Editora, o livro “Educação mais forte”, do professor Celso Niskier, aborda temas da maior atualidade pedagógica. Um deles é a prioridade que se deve dar ao trato da formação dos professores do futuro. O setor privado é responsável direto pela formação de quase 70% dos docentes brasileiros, o que é uma grande responsabilidade. Sobre isso é que se pode fazer uma cuidadosa meditação, propondo soluções cabíveis.

No site da ABMES podemos ter uma ideia clara do professor que queremos: devemos ter um compromisso claro com a aprendizagem de todos; saber relacionar-se e ter competências socioemocionais desenvolvidas para a devida transmissão aos estudantes; saber o quê e o como ensinar; desenvolver senso ético, cultural e social; compreender e conseguir gerir ambientes de aprendizagem, contemplando sua diversidade e complexidade; garantir as aprendizagens essenciais; ter postura pesquisadora; saber ler e interpretar dados; planejar e executar aprendizagens em diversos contextos; promover espaços de aprendizagem dentro e fora da escola; conhecer e respeitar os contextos plurais das crianças e adolescentes; avaliar a aprendizagem e o ensino, visando a formas mais efetivas de desenvolvimento; buscar sempre o desenvolvimento profissional.

É preciso, pois, que os cursos de formação de professores e especialistas tenham currículos inovadores e haja efetividade nos estágios determinados. Isso significa uma ampla revisão nos cursos de Pedagogia das Faculdades de formação de professores, com um princípio fundamental: que o emprego de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) seja uma efetiva realidade, a serviço de uma nova aprendizagem.

Não se pode suportar a ignorância dos participantes desse processo quando se fala, por exemplo, em Inteligência Artificial. Como ir adiante sem esses conhecimentos mínimos e determinantes de um processo na verdade revolucionário?

Há desafios a enfrentar, como a universalização do acesso à escolas, mas os investimentos em melhores políticas docentes não podem deixar de fazer parte desse importante momento da nossa educação.