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Thereza Collor

Carlito Peixoto Lima 28/05/2023
Thereza Collor
Carlito Peixoto - Foto: Assessoria

Semana passada tive o prazer em rever Thereza Collor, celebrávamos o aniversário do amigo, Cacá Diegues, deliciosa tarde em um cenário deslumbrante, a praia de Ipioca. Eva Amaral dona do sítio Carababa sabe organizar uma festa. Deliciosas comidas e uma Banda de Pífano para alegrar os corações dos convidados. Fiquei impressionado como o tempo não conseguiu aplacar a beleza de Thereza, jovial, alegre, bela, e principalmente inteligente, de bem com a vida. Viva Thereza.

Conheci Thereza Collor menina, nessa época eu trabalhava na Construtora Sena e prestava serviços de construções da Usina Laginha de João Lyra em União dos Palmares. Certa vez, junto ao arquiteto, discutíamos sobre o projeto da casa da família perto da Usina com Dona Solange, mãe de Thereza, ela tinha opiniões convictas e precisas sobre a construção.

O tempo passou, e como passa depressa esse tal de tempo, de repente recebi o convite das famílias Collor e Lyra para o casamento de Pedro e Thereza. Um belo casamento em um local paradisíaco, onde havia bom uísque e alegres conversas naquela festa encantadora.

Até que um dia aconteceu o impeachment do Fernando; a Imprensa e o Brasil ficaram conhecendo e fascinados com beleza morena, bem brasileira, de Thereza. Aconteceu repentinamente sua vertiginosa e indelével celebridade. Muitos pensavam ela ser apenas uma dondoca socialite de brilho fugaz. Porém Thereza já era uma empresária, estilista, designer e tinha o genes da política, gostava de exercer a cidadania, reconhecida por ter sido uma voz feminina firme em favor de causas ambientais. Certa época ela foi convidada a dirigir o belo e centenário Teatro Deodoro no Centro de Maceió. Aceitou e fez uma revolução, conseguiu verba para restauração, movimentou o Teatro com peças de sucesso e deu chances ao atores e diretores de teatro alagoano.

No final de 1994 houve a tragédia, a fatalidade da morte prematura de seu marido, Pedro Collor aos 42 anos. Alagoas se comoveu com a morte do filho do ex-governador Arnon de Mello, Pedro tinha muitos amigos em todo Estado.

Depois do trabalho à frente da Cultura, Thereza, já viúva, aceitou um convite em ser secretária do Turismo do Estado de Alagoas.
"- Eu não pensava em retornar à administração do Estado. Mas os apelos foram muitos para que eu entrasse no mutirão para mudar a imagem de Alagoas perante o país", afirmou Thereza.
Ela exerceu com brilhantismo o trabalho de divulgação de Alagoas. Investiu no fomento da infraestrutura hoteleira, o turismo se profissionalizou no Estado. Alagoas entrou na prosperidade de sua vocação turística.

Ao deixar a secretaria Thereza continuou empresária e sempre atenta às Alagoas. Em 2010, lançou o livro “Alagoas Um Olhar”, 400 páginas, com centenas de fotos sobre o estado, sendo a maioria das fotos dela própria e a apresentação do livro de meu querido amigo Ignácio Loyola Brandão. Viajou por todo o estado para conhecer o povo e seus costumes, saber de suas riquezas e mazelas, o que fez com que sua voz fosse muito representativa não só para Alagoas, mas para todo o Nordeste. O livro é dividido em categorias: belezas naturais, artesanato e arquitetura. Apresenta a pesquisa de seis anos de sua formação em História.

Atualmente Thereza é casada com Gustavo Halbreich, empresário paulista do ramo da construção civil. Thereza Collor é constantemente relacionada à causa ambiental, aos direitos das mulheres e ao combate à corrupção. Defensora intransigente do Rio São Francisco, participa de debates em várias partes do Brasil.

Tenho maior carinho e admiração à essa mulher ativa, inteligente e culta. Ela ama Alagoas, e Alagoas ama sua maior embaixadora e propagadora. Empreendedora, dinâmica, trabalha e contribui na modernização das Alagoas.