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D. Joao VI
A transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, constitui um dos episódios mais marcantes da história da formação da nacionalidade brasileira. Para muitos, trata-se do início do processo que, catorze anos mais tarde, culminou com a proclamação da nossa independência política - Deputado Evandro Gussi, Coordenador da Comissão Especial Curadora Responsável pelos Festejos do Bicentenário da Independência.
Nesse sentido, deslocou o centro do império para o estado brasileiro, que produziu quatro quintos da receita do Tesouro: refugiou-se em local seguro e privilegiado em termos de articulação de rotas marítimas; e na sequência dos acontecimentos, acabou assegurando aos Bragança os tronos de Portugal e do Brasil.
De acordo com o Coordenador Especial da Câmara dos Deputados na obra D. João VI – E a Construção das bases do Estado Nacional, vê-se a celebração do bicentenário da Independência, destacando a relevante contribuição aos estudos que visam proporcionar melhor entendimento do processo de construção das bases do Estado nacional brasileiro”.
Tornou-se notório, quando aportou no Brasil ainda em Salvador, que promoveu a abertura dos portos às nações amigas. Na cidade do Rio de Janeiro, eleita para sede do Reino; seus reflexos, contudo, foram experimentados em todo o país. Assim, transportar todo o aparelho burocrático de um Estado para além-oceano é um feito impressionante, mesmo nos dias atuas.
D. João Maria José Francisco Xavier de Paula Luiz Antônio Domingos Rafael de Bragança e Bragança, ou D. João VI, fora aclamado, em 1818, no Rio de Janeiro, como El Rey do Reino Unido de Portugal, Brasil E Algarves, d’Aquém e d’Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, segundo seus biógrafos. Como se sabe, apesar do nome e do título caudalosos, D. João era visto por seus patrícios como soberano comedido, afável e até mesmo bonachão.
Notadamente, recebeu a alcunha de “O Clemente”. Seus feitos foram vistos como homem de visão administrativa Historicamente, D. João nasceu aos 13 de maio de 1767, sob o reinado de seu avô, D. José I, monarca absoluto, que entregou a plenitude do poder régio ao seu polêmico valido, Sebastião José de Carvalho e Melo, o conde de Oeiras, mais tarde, Marquês de Pombal.
Por fim, o Tratado do Rio de Janeiro de 29 de agosto de 1825, por meio do qual D. João aceitava a independência do Brasil, mas assumia o título de Imperador do Brasil, simultaneamente a seu filho, não resultou o fim de seu projeto de retorno ao Reino Unido. Tanto que D. Pedro continuou a ser o príncipe herdeiro do trono lusitano. Em março do ano seguinte, D. João fora envenenado, permanecendo sua história como benfeitor do Brasil.
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