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Reminicências Santanenses

18/02/2023
Reminicências Santanenses

A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer – Graciliano Ramos. De quando em vez, a portaria do Edifício Vivara, encravado na plausível Ponta Verde, recebe impresos de livros  destinados à minha pessoa. Desta feita, fui recempendiário do livro “Inverno, Primavera, Verão”  do estimado amigo e advogado-escritor da bucólica Santana do Ipanema Djalma de Melo Carvalho.

Crônicas de reminiscências do cronista como eu que aprecia o gênero. Inicia falando de Alma de Catedrais do inolvidável Padre Júlio dde Albuquerque (1878 – 1963). Conterrêneo do excelso historiador Douglas Apratto Tenório, vice-reitor do Centro Universitário CESMAC, que no próximo ano festejará 50 anos da maior e melhor universidade privada criada pelo saudoso Padre Teófanes Araújo de Barros (1974).

Depois, enfileiram-se: Bem, Bem, Bem.., Boca da Grota – Reminiscências, Caldinho de quenga, Câmara Júnior Internacional, Carro velho, Corrente e pulseira, Cristãos-novos e sobrenomes, Crônica e curso do Recife, Crônica, Lua e Poeta, Crônicas do nada, Dançarino de salão, Dermeval Pontes e Serenatas, Dia do vendedor de livros, Dirigir com cuidados, Espanar, arrumar e vender, Esquecido da História, Estrela matutina,e tantas outras crônicas que leva o leitor a se inteirar das reminiscências do funcionário emérito da Universidade do Banco do Brasil.

Djalma Carvalho, pode-se dizer um fidalgo com às pessoas. Educado, culto, e, sobretudo, um andarilho de plagas europeias em busca de conhecimento histórico. Sempre bem acompanhado pela sua fidalga consorte – Rosineide. Machado de Assis amou intensamente sua querida Coralina. Djalma Carvalho encantou-se  com sua esposa para dividir, somar, multiplicar suas emoções de um telúrico inveterado.

A propósito, inseriu no seu 15º livro um comentário que fiz a sua penúltima obra. Somos cronistas. Djalma, a cada título vê-se o aparato  do linguajar  que usa  para encantar sua verve. Imito-o a fazer comentários  sobre literatura moderna de escritores da estirpe de Pablo Neruda, João Guimarães Rosa, Rui Barbosa, o Águia de Haia, Dr. Ivan Bezerra, Judá Fernandes de Lima, radicado na próspera Arapiraca.

Amizade à parte, sugeriria que o próximo livro seja ribanceira, redemoinho, saudades do cronista que adora sua terra-mãe que lhe viu nascer, prosperar nas águas mansas dos açudes que não transbordam mais pelo sol causticante do seu querido Sertão, tão explorado por Euclides da Cunha. Que brotem outras obras para embelezar as crônicas que você escreve com proeminência.