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A História Miguelense

31/12/2022
A História Miguelense

A saudosa escritora miguelense Guiomar Alcides de Castro, imortalizou seu pensamento à sua cidade-mãe: Escuta, São Miguel dos Campos! Abre bem os ouvidos, porque quero dialogar contigo, relembrar um pouco tua história, tua vivência, teu povo, teus costumes, teus modos de ser, pois tudo que te vibrou no passado, tudo que te palpita na paisagem humana, citadina e rural é meu também.

Pois bem, o arquivista Antônio Valentim dos Santos, realizou pesquisa profunda transformando-a num belíssimo livro intitulado: São Miguel dos Campos – Seu rio e sua história – que, por sua vez, retratou seus cenários: histórico, brasileiro, geográfico, econômico, sócio-cultural, político, religioso, urbanístico.

No tocante aos filhos ilustres, notadamente, figuraram Artur José Bulhões, Diógenes Celestino, José Luiz Soares, Cristina Teixeira Leite, Elizeu Alcides de Lima, radialistas Antônio José, Alexandre Scalla, Álvaro Guimarães, José Honório, colunistas sociais Maria Cândida Palmeira (Gazeta de Alagoas) e Lilian Rose (Jornal de Alagoas).

No campo religioso, Padre Júlio, Monsenhor Benício, Dom Adelmo Machado, poetisas Tereza Biachini Alves, Maria de Lourdes do Nascimento                   (prefaciadora da obra). Destacando as famílias: Soares, Pimentel, Machado, Lopes, Família Lins, ou seja, a grande ativista republicana D. Ana Maria José Lins (Ana Lins), João Lins Vieira de Sinimbu, Visconde de Sinimbu, Therezinha de Oliveira de Castro Carvalho, historiador Romeu de Avelar.

No cenário da historiografia moderna, ressalte-se a proeminência do escritor doutor Douglas Apratto Tenório. Aliás, no mês fluente, no Arquivo Público, lançou quatro livros memoráveis. A festa literária que encantou os presentes, sua família, e, porque não dizer, o colunista que se fez presente à solenidade. Lá, esteve também o maior escritor sacro Álvaro Queiroz.

Diga-se, de passagem, A História Miguelense contemplou os 153 anos do descobrimento do Rio São Miguel, bem como 150 anos do aniversário da cidade de São Miguel dos Campos. Escrita no português tupiniquim, sem muitos adereços, e, principalmente, dotada de alta sensibilidade do autor sem tergiversar sua versão.

Parafraseando o poeta Ernande Bezerra: Minha terra de campos verdes/ De água pura e cristalina/ Chão enfeitado de riqueza/ Paraíso de muitas Minas. Apesar dos vários desmembramentos, atualmente São Miguel é a segunda economia do Estado de Alagoas. A cidade continua com sua pujança, quer econômica, quer política, quer cultural e sobretudo, no tocante a sua beleza natural. Parabéns São Miguel dos Campos, pelo seu aniversário de 150 anos !!!