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As copas que assisti ( parte final)
Copa de 1986 no México – O Brasil disputou a primeira fase do mundial contra a Espanha, Irlanda do Norte e Argélia e foi para as oitavas com três vitórias sem sofrer nenhum gol – a única defesa invicta da primeira fase. Nas oitavas de final, o Brasil venceu a Polônia por 4 x 0 no Estádio Jalisco, em Guadalajara. França e Brasil se enfrentaram nas quartas de final. A França venceu nos pênaltis, por 4 a 3, e o Brasil deixou a Copa – mesmo sem perder nenhum jogo e com a melhor defesa da competição.
A final foi entre Alemanha Ocidental e Argentina, no Estádio Azteca. A Argentina se consagrou campeã mundial e Maradona recebeu a Copa Fifa das mãos do presidente do México, Miguel de La Madrid.
Copa de 1990 na Itália – Em sua última participação como nação dividida, a Alemanha, com seu time ocidental, conquistou a Copa do Mundo de 1990. Foi uma equipe lendária, sustentada por craques como Matthaus, Völler e Klinsmann e treinada por Franz Beckenbauer. Em um torneio de baixo nível técnico, os alemães tiveram campanha sólida, de vitórias precisas, sem grande brilho. Na final, bateram a Argentina por 1 a 0. A Seleção Brasileira acabou decepcionando. Com um futebol pobre e vitórias burocráticas, alcançou as oitavas de final, onde teve sua melhor atuação contra a Argentina, mas foi eliminado com derrota por 1 a 0 – em passe de Maradona para Caniggia. Na primeira fase, o time treinado por Sebastião Lazaroni, formado no esquema 3-5-2, bateu Suécia (2 a 1), Costa Rica (1 a 0) e Escócia (1 a 0).
Copa de 1994 nos USA – O Brasil voltou a ser campeão mundial 24 anos depois do tricampeonato. Com um time sólido na marcação e fortalecido por uma dupla de ataque rara, com Bebeto e Romário, a Seleção superou a enorme desconfiança que a cercava e, pouco a pouco, ganhou corpo na briga pelo título. Teve grandes momentos, como a vitória de 3 a 2 sobre a Holanda nas quartas de final e a batalha final nos pênaltis contra a Itália.
Copa de 1998 na França – Um time sólido, o apoio local e a genialidade de Zinedine Zidane tornaram a França campeã mundial pela primeira vez em 1998. A campanha teve altos e baixos: uma primeira fase impecável, com três vitórias em três jogos, sofrimentos no mata-mata até a final, com vitória na prorrogação sobre o Paraguai e nos pênaltis contra a Itália, e a grande atuação na decisão, com vitória de 3 a 0 sobre o Brasil. Zidane fez dois gols. A seleção brasileira deixou o Mundial como vice-campeã, mas sem ter uma campanha brilhante. Foram quatro vitórias, duas derrotas e um empate. Na primeira fase, o time comandado por Zagallo bateu a Escócia por 2 a 1 (gols de César Sampaio e Boyd, contra), aplicou 3 a 0 em Marrocos (gols de Ronaldo, Rivaldo e Bebeto) e perdeu para a Noruega por 2 a 1 (Bebeto marcou). No mata-mata, o Brasil passou por Chile (4 a 1, dois gols de César Sampaio e dois de Ronaldo), Dinamarca (3 a 2, dois gols de Rivaldo e um de Bebeto) e Holanda (4 a 2 nos pênaltis após empate por 1 a 1 no tempo normal, com gol de Ronaldo). Na final, levou 3 a 0 da França.
A Copa de 2002 no Japão e Coreia do Sul. Foi a primeira realizada em território asiático, dentro da filosofia expansionista da Fifa, e também a primeira com duas sedes, Japão e Coreia do Sul. Campeã da edição anterior, a França era apontada como favorita. Alemanha, Itália e Argentina se escoravam na tradição. Já o Brasil estava sob desconfiança. Sofrera para se classificar nas Eliminatórias, não jogava futebol convincente e dois de seus principais jogadores, Ronaldo e Rivaldo, vindo de graves contusões, estavam longe da melhor forma. Aí, começaram as decepções. França e Argentina não passaram da primeira fase. A seleção brasileira, com esquema conservador em que um volante, Edmilson, muitas vezes atuava como um terceiro zagueiro, montado por Luiz Felipe Scolari, passou sufoco em alguns jogos. Sofreu para ganhar da Turquia e nas oitavas teve a passagem pela Bélgica facilitada por erros de arbitragem. Mas a partir das quartas, o time embalou de vez. Passou pela Inglaterra com grande atuação. Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo cresceram. A defesa ficou mais segura, apesar da falha grosseira de Lúcio contra os ingleses. Marcos, o goleiro, transmitia segurança. Veio a decisão contra a Alemanha do quase intransponível Kahn, de Klose e de Ballack (que não jogou por estar suspenso). Houve quem considerasse os rivais favoritos. Mas como atuação irretocável de todo o time, a genialidade de Rivaldo e o poder decisivo de Ronaldo, o Brasil conquistou o pentacampeonato.
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