Economia
Bolsas de NY fecham em baixa, com aperto do Fed e turbulência no câmbio no radar

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta segunda-feira, 26, em uma dia de perdas para ativos de risco, que foram pressionados pelas perspectivas de aperto monetário pelos bancos centrais e a turbulência nos mercados de câmbio. A continuidade na alta de juros pelo Federal Reserve (Fed) é observada com atenção, enquanto dirigentes reforçaram a disposição de seguir buscando combater a inflação.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,11%, em 29.260,81 pontos, o S&P 500 recuou 1,03%, a 3.655,04 pontos, e o Nasdaq caiu 0,60%, a 10.802,92 pontos.
Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, as ações estão em dificuldades devido à turbulência que está acontecendo com os mercados financeiros do Reino Unido. “A volatilidade do câmbio é extrema e isso será uma grande dor de cabeça para as multinacionais”, afirma. Enquanto o dólar avança ante a maioria das moedas, a libra chegou a tocar sua mínima histórica na comparação com o ativo americano, o que impulsionou uma intervenção do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
“No momento, os mercados financeiros estão uma bagunça e, enquanto alguns traders estão desfazendo suas apostas de pouso suave, o setor de tecnologia não parece tão ruim agora”, apontou Moya. Apoiado por algumas altas de grandes empresas, como Amazon (+1,20%), o setor de tecnologia ajudou o Nasdaq a ter a menor queda dentre os principais índices. “Wall Street está percebendo que não veremos um sinal significativo de que a inflação está diminuindo rápido o suficiente nos próximos meses e isso deve tornar difícil comprar a queda ainda”, afirma Moya.
No domingo, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, reafirmou o compromisso de tentar levar a inflação logo à meta de 2%, dizendo que a intenção é evitar “dor profunda” na economia, mas prevendo “alguma perda de empregos”. Hoje, a dirigente da distrital de Boston, Susan Collins, foi em linha similar, argumentando pela moderação na demanda excessiva e prevendo alta no desemprego, além de dizer que a tarefa de buscar um pouso suave na economia é “desafiadora”. O dia contou ainda com a publicação do índice de atividade nacional dos EUA elaborado pelo Fed de Chicago, que recuou de 0,29 em julho a zero em agosto, reforçando os temores pela economia do país.
Autor: Matheus Andrade
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