Política
Alessandra Hora: “De moradora em barraco de lona a candidata à deputada estadual por Alagoas”


Alessandra postula uma vaga na ALE nas eleições de outubro
Nascida em São Luiz do Quitunde, Alagoas, 43 anos e mãe de 3 filhos, Deyviane, 26 anos, Alexsandra, 18 anos,e Mateus (Inmemoriam), a candidata a deputada estadual por Alagoas (União Brasil), Alessandra Hora, traz uma história de superação. Ainda criança, aos 12 anos de idade, cheia de sonhos, precisou parar os estudos para ajudar a sua mãe com as despesas da casa dona Maria José, foi então que começou no seu primeiro emprego como babá.
Alessandra Hora, levava uma vida simples, ainda adolescente passou a morar com a sua tia, Maria das Graças, que à acolheu, mas ela conta que nesse período sofreu abuso sexual, e ainda muito jovem precisou seguir em frente sem ajuda de ninguém. A candidata a deputada estadual sem casa própria, e sem condições de pagar um aluguel, resolveu morar em um barraco feito de lona,
“Ninguém acreditava que eu morava em um barraco de lona. Mas eu não tinha como pagar um aluguel, eu me perguntava muitas vezes, onde eu errei? Porque eu me via sozinha, mas acreditava que em tudo Deus tinha um propósito”, disse emocionada Alessandra Hora.
Trabalhou em um Motel, depois lavando ônibus públicos, a candidata a deputada estadual conta que chegava a lavar em média 5 ônibus por dia, se pendurava nas extremidades do veículo, e lavava cada parte com muita dedicação, mas a vontade de ter o seu próprio negócio e mudar de vida era um grande sonho. Até colocar uma Lanchonete. Foi aos 16 anos que ela se tornou mãe da sua primeira filha, Deyviane.
Perdas

Alessandra postula uma vaga na ALE nas eleições de outubro
Alessandra sofreu muitas perdas entre elas, a mais dolorosa, foi a do seu filho Mateus, que envolvido com drogas, presenciou um assassinato. Desaparecido por alguns dias, Alessandra passou a procurar os órgãos públicos competentes, na esperança de encontrar o seu filho, mas foi em vão. Ninguém se posicionou a ajudar. A busca na tentativa de encontrar o seu filho ainda com vida, durou 6 dias, mas quando o encontrou já estava em estado de decomposição.
“Se fosse pela polícia eu nunca encontraria o meu filho. Para eles é menos um para monitorar. Muitas pessoas como eu, não foram ouvidas e perderam os seus filhos, como eu perdi o meu, disse a candidata a deputada estadual, Alessandra Hora.” Ainda segundo a candidata, faltam políticas públicas para atender as mães solteiras, mães que lutam pelos seus filhos, e precisam de assistência em situações emergentes como essas.
Durante esse período de perda, mais uma notícia, seu neto, Herik Gabriel, foi diagnosticado com microcefalia, uma infecção causada pelo “zika vírus” durante a gravidez. Foram períodos de grandes desafios e mais uma vez Alessandra ressalta a falta de assistência, agora, na saúde que tornou o tratamento do seu neto, ainda mais difícil. Durante esse tempo ela conheceu mulheres em situações semelhantes, e pôde perceber que essa não era uma luta apenas dela, mas de todas.
“Uma Luta de Todas”

Alessandra postula uma vaga na ALE nas eleições de outubro
Foi então que nasceu no ano de 2017, a Associação Famílias de Anjos de Alagoas (FAEAL), ocupando a função de presidente, Alessandra Hora, trabalha principalmente em atender crianças com microcefalia e alterações neurológicas visando o bem estar da comunidade como também, pensão vitalícia para as crianças da síndrome congênita do zika vírus, o rol da ans, e ações voltadas para a conquista em ter um transporte exclusivo para locomover as crianças e seus familiares para os atendimentos na instituição e tratamentos.
“Toda criança com deficiência são invisíveis para a sociedade, existe uma urgência que muitos não enxergam. Cada minuto conta para uma melhor qualidade de vida. Elas precisam ser vistas e viver com dignidade”, completou a candidata a deputada estadual Alessandra Hora.
“Transformando o limão em limonada”
Diante de tantas dificuldades enfrentadas Alessandra,resolve tomar a causa de uma sociedade que segundo ela, está esquecida. Ocupou algumas funções públicas como por exemplo, a de conselheira de segurança pública no bairro do Selma Bandeira, para lutar pelas famílias de bairro periféricos.

Alessandra postula uma vaga na ALE nas eleições de outubro
“Em bairros nobres da nossa Cidade a polícia não chega arrombando portas espancando parentes, sem saber quem foi o culpado. Não há respeito na periferia. Até o inocente leva culpa, pela condição que se encontra, por morar em um bairro simples, pelo estereótipo, pela cor, pelo gênero. Somos injustiçados! Isso fica por isso mesmo. Mas eu vou lutar até o fim “, ressaltou a candidata à deputada estadual por Alagoas, Alessandra Hora.
Alessandra foi relatora da Comissão de Saúde do Estado e sempre foi uma pessoa de opinião forte. Questionava ações internas e por causa disso, ela revela: “Fui chamada até de conselheira cri,cri, por bater de frente com várias situações e se recusar a me calar”. Mas ainda era pouco diante de todos os projetos que precisavam sair do papel. Foi então que ela decidiu se candidatar à deputada estadual por Alagoas. A candidata vê a política como uma oportunidade de derrubar muros de separação, de integrar uma população que se encontra às margens da sociedade. De fazer muito mais e consolidar ações e projetos em prol de Alagoas.
“Se a sociedade deseja ver a diferença, deve votar em mim. Eu já luto por causas nobres e preciso fazer mais! Não há segredo. Preciso do voto de confiança de cada um, e só assim vamos juntos, mudar essa realidade. É hora de acabar com o silêncio, reforçou Alessandra Hora candidata à deputada estadual por Alagoas.
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