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O Assassinato de JK
Ocorrido no trágico dia 22 de agosto de 1976.Testemunhado in loco pelo então repórter da Manchete Ivan Bezerra de Barros. Ei-lo a afirmar o que aconteceu no exercício de suas relevantes funções: “Acompanhado do fotógrafo João Silva, chegamos ao local na Avenida Presidente Dutra, perto da cidade de Resende, passava a pista larga para dois veículos. Chovia e caía uma neblina muito forte. O corpo de JK estava muito mutilado, principalmente o rosto”.
Pela convivência de Ivan Barros com o biografado, vê-se sua retidão de caráter, devotamento à notícia que transtornou toda a Nação. Inclusive, quando escrevia ao saudoso Luiz de Barros, seu estimado genitor, exclamava: trabalho com o Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira na Manchete.
Migrou à Cidade Maravilhosa para estudar Direito, e, ao mesmo tempo, desempenhar sua capacidade profissional ao lado de seu amigo Adolpho Bloch. Inclusive, à época, conheceu Oscar Niemeyer, Carlos Heitor Cony, Jaquito, Murilo Melo Filho, Arnaldo Niskier – que colabora no Semanário Tribuna do Sertão, dirigido pelo competente filho Valmir Barros.
Em sua fiel narrativa, Ivan Barros acostou laudos periciais, fotos da época, assessorado pelo seu escudeiro Ivan Barros Neto. Diga-se, de passagem, advogado que segue os passos do preclaro avô. Uma proeza de mestre do jornalismo nacional, capaz de escrever dezenas de livros com sua privilegiada memória
Dito isso, ressaltou como conheceu Juscelino Kubitschek: O pior plantão de minha vida, A noite que Jk morreu, O Memorial JK, Os grandes amigos de JK, Editores e diretores da Manchete, As memórias de JK, 50 Anos em 5, Crimes perfeitos, Trajetória política. Notadamente, oferecendo detalhes das personagens envolvidas.
Segundo os supersticiosos, agosto é um mês que traz desgraças. Primeiro, Getúlio Vargas governou o Brasil (1930-34,34 a 37, e, finalmente, suicidou-se no dia 24 de agosto de 1954). Depois, 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou à Presidência da República. Escolho pelo desenrolar dos acontecimentos políticos e, não, pela credibilidade errônea.
No dia de seu enterro, milhares de pessoas cantavam o refrão: Como pode um peixe vivo, viver fora da água fria, como poderemos viver, sem sua companhia. Vive-se até hoje à memória do maior estadista que este Brasil já teve. A inauguração de Brasília (21 de abril de 1960), dedicou-a a D. Júlia, mãe completa que esposou João César de Oliveira. Ambos lhe concederam o pergaminho de médico para servir à Nação.
São 387 páginas bem escritas, documentando a saga do ilustre mineiro que deixou marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar. Felicito Ivan Barros pela grandeza de sua obra. E, ao mesmo tempo, almejo-lhe vida longa na sua pátria Palmeira dos Índios.
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