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Tropas russas chegam a Belarus para exercício na fronteira da Ucrânia
A Rússia começou a enviar tropas para Belarus, para exercícios conjuntos com o país vizinho, que também faz fronteira com a Ucrânia. Vídeos postados nas redes sociais mostraram tanques russos sendo transportados de trem. Alexander Volfovich, chefe do Conselho de Segurança Belarusso, confirmou a chegada dos soldados para as manobras militares que começam em fevereiro.
A decisão aumenta os temores de que Moscou esteja preparando um ataque à Ucrânia. Alguns analistas sugerem que a Rússia poderia usar Belarus para facilitar a invasão, ao ampliar a linha de defesa da Ucrânia, aproveitando uma fronteira de mais de mil quilômetros entre os dois países.
A operação ocorre no momento em que 100 mil soldados russos estão mobilizados na fronteira ucraniana. Pressionado pelos EUA e pela Europa, o ditador belarusso, Alexander Lukashenko, se aproximou da Rússia e buscou apoio de Vladimir Putin.
Reação
EUA, Europa e Otan prometeram proteger a soberania ucraniana e ameaçaram fazer a Rússia pagar caro por um ataque à Ucrânia. As ameaças ocorrem depois de um ataque cibernético que atingiu sites de instituições e agências governamentais ucranianas, na semana passada – todas as suspeitas recaem sobre os russos.
Aliados da Ucrânia alertaram que os ataques cibernéticos poderiam ser um prelúdio para novas agressões. Assessores do presidente dos EUA, Joe Biden, temem que Putin crie um pretexto para ordenar a ação militar – como fez com a anexação da Crimeia, península ucraniana no Mar Negro, em 2014.
Putin nega tudo. Diz que não tem planos de invadir a Ucrânia e não tem relação com os ciberataques. Ao mesmo tempo, ele usa a crise para pressionar americanos e europeus a dar algum tipo de garantia de que a Otan suspenderá sua expansão na direção das ex-repúblicas soviéticas – que ele considera sua área de influência.
O Ocidente, porém, faz jogo duro. Ontem, a ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, visitou a Ucrânia e garantiu que a Alemanha está pronta para proteger os ucranianos. “Cada novo ato agressivo terá um preço elevado para a Rússia, economicamente, estrategicamente e politicamente”, disse. “A diplomacia é o único caminho.”
No Reino Unido, o secretário de Defesa, Ben Wallace, prometeu enviar à Ucrânia um novo sistema de segurança para aumentar a capacidade defensiva do país. Em Bruxelas, a Otan assinou um acordo para reforçar a segurança cibernética da Ucrânia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Redação, O Estado de S.Paulo
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