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MPF apura aplicação de vacina adulta e vencida em crianças em cidade da Paraíba
O Ministério Público Federal da Paraíba (MPF) investiga a aplicação de doses adultas e vencidas da vacina contra covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, em Lucena, que fica na região metropolitana de João Pessoa, na Paraíba. Já foram ouvidas a técnica que aplicou incorretamente os imunizantes, uma agente comunitária de saúde e uma das mães que teve os dois filhos vacinados com dose adulta. Por ora, nenhum dos pacientes apresentou efeitos adversos, conforme informou a prefeitura.
A prefeitura de Lucena classificou a situação como “falha pontual”, que não partiu de orientação da administração municipal. O governo local disse que a decisão de aplicar o imunizante de forma incorreta foi tomada individualmente por uma auxiliar e a profissional foi afastada “imediatamente”.
O Ministério da Saúde disse acompanhar o caso. Em entrevista à CNN Brasil, o ministro Marcelo Queiroga disse que até onde pôde apurar, ao menos 48 crianças receberam o imunizante com dosagem incorreta. “O principal é a segurança. essas vacinas elas devem ser aplicadas conforme as recomendações do Ministério da Saúde e a orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, afirmou, ao reforçar orientações como sala e vacinadores exclusivos, e que doses pediátricas da Pfizer têm tampa de cor laranja.
Assim que foi informado sobre o incidente, Queiroga visitou a cidade e conversou com o prefeito e uma das mães, conforme disse na entrevista.
Em nota, o ministério da Saúde informou monitorar o grupo. “A pasta recomenda cautela na aplicação das doses aos profissionais e agentes de saúde responsáveis” disse, em nota. “Importante ressaltar que o Ministério da Saúde monitora todos os eventos adversos relacionados a vacinas covid-19, assim como acompanha rigorosamente todos os prazos de validade das vacinas recebidas e distribuídas aos estados.”
A Anvisa declarou que aguarda a apuração das circunstâncias da vacinação que está em curso pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). Somente após isso, a agência vai avaliar ações.
Autor: Leon Ferrari
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