Alagoas
Gestão da Ufal dá apoio logístico para realizar testes RT-PCR durante a Expedição
Todos os municípios ribeirinhos pelos quais a Expedição Científica do Rio São Francisco passar, terão uma amostra da sua população testada, por meio de exames RT-PCR, para rastreio de covid-19. A gestão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) tem dado apoio à logística de testagem e, até agora, pessoas foram aleatoriamente convidadas a participar nas cidades de Piranhas, Pão de Açúcar e Traipú.
“O objetivo das ações de RT-PCR na população dos municípios ribeirinhos é detectar se quem está vacinado tem ou não o vírus. Assim, conseguiremos avaliar a eficácia da vacina nessa realidade”, explicou Karol Fireman, enfermeira da Saúde do Adulto da Ufal.
Em cinco dias de expedição foram coletadas 235 amostras de material biológico para rastrear covid-19. Desse montante, já foram analisadas 175, todas negativas. “Esse é um resultado muito importante, porque mostra que o índice de transmissibilidade tem caído. Na passagem da expedição ao longo do Baixo São Francisco, estamos mostrando que mesmo nos lugares mais longínquos a imunização avança e a diminuição da propagação do vírus é real”, esclareceu Eliane Cavalcanti, bióloga que integra a equipe da expedição e vice-reitora da Ufal.
Os testes foram adquiridos pela equipe da Expedição e a gestão entrou com todo apoio logístico para realização. Uma equipe de coleta chega ao local e, após os exames, o material mantido em condições adequadas de temperatura é enviado por terra, num carro oficial da Ufal, ao Laboratório Clínico Molecular do Campus Arapiraca da Ufal. Lá é recebido por outra equipe que, imediatamente, processa e analisa. Assim, o resultado fica pronto em menos de 24 horas e é enviado à Secretaria de Saúde, responsável por dar uma devolutiva à comunidade.
Além dos exames, o grupo também tem feito um trabalho de educação, ao orientar a população sobre a importância do uso de máscaras e da vacinação completa. “Essa ação educativa também é fundamental, porque não podemos baixar a guarda. Já temos tido notícias de outro surto na China e isso nos preocupa”, alertou Eliane Cavalcanti.
A estimativa é que em dez dias de Expedição mais de 700 testes sejam feitos. “Temos realizado uma média de 50 exames RT-PCR nos municípios; só em Penedo, levando em consideração o tamanho da cidade, realizaremos 180 exames”, esclareceu Abel Lira, bioquímico e farmacêutico da Ufal.
A Expedição Científica do Rio São Francisco iniciou no dia 1º de novembro e prossegue até o dia 10, percorrendo os municípios ribeirinhos do Baixo São Francisco.
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