Alagoas
Xadrez muda a vida de socioeducandos de Alagoas
Um esporte considerado de elite e que tem suas raízes no Renascimento do século XV tem transformado a vida de adolescentes e jovens adultos que cumprem medidas socioeducativas em Unidades de Internação de Alagoas. O xadrez, também classificado como uma arte e uma ciência, vem contribuindo comprovadamente para o desenvolvimento escolar e a integração social entre os jovens.
Nesta quinta-feira (21), a Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), que é coordenada pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), promoveu o primeiro campeonato de xadrez após o retorno das atividades presenciais. A disputa contou com a participação de 10 socioeducandos, além de dois competidores de escolas particulares que são destaque em campeonatos estaduais.
O socioeducando C.A.S.S., de 18 anos, aprendeu a jogar xadrez dentro da Unidade de Internação e foi um dos finalistas do campeonato. Ele diz que encontrou no esporte uma paixão e ressalta que no xadrez não há espaço para sorte: é a estratégia e o raciocínio do competidor que fazem a diferença.
“É sempre bom participar de competições como esta, mas para ganhar é preciso ter cabeça, entender as jogadas do seu oponente e criar sua estratégia vencedora. É uma experiência muito boa, que ajuda muito o psicológico, porque a gente aprende muito, faz amizades e passa o tempo de forma produtiva”, comentou.
O supervisor de Esporte, Cultura e Lazer da Seprev, Thiago Santos, explica que o xadrez “além de trabalhar as habilidades cognitivas, a concentração e o raciocínio lógico, tem ajudado os adolescentes nesse momento de privação de liberdade, quando o emocional fica fragilizado.” O esporte de mesa também contribui para a formação cidadã do socioeducando, tornando mais acessível a construção de uma nova mentalidade e de novas perspectivas para o futuro.
Cássia Moreno, gerente de Desenvolvimento Integral da Sumese, ressalta o esforço das equipes da Sumese durante o período de pandemia e vê no retorno das atividades coletivas uma vitória a ser comemorada.
“Demos o pontapé inicial para o retorno ao “normal”, o que é muito gratificante para a equipe pedagógica e demais equipes da Sumese. Passamos por um ano de adaptação das atividades e de reforço humano buscando manter acesa no coração dos meninos a chama de que a mudança vale a pena e de que precisamos acreditar no amanhã”, afirmou.
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