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Um velho na ativa

03/08/2021
Um velho na ativa

Até que idade se pode permanecer na ativa? O certo é que não existe uma resposta precisa para essa pergunta. Veja-se o caso do escritor e pensador francês Edgard Morin. Ele está completando 100 anos e segue escrevendo, dando ao mundo o resultado de uma experiência que parece não ter fim.

Nelson Motta, em  “O Globo”, defende a tese de que o tempo não se mede pelo calendário, mas pela intensidade. E dá muitos e bons exemplos, como Marcos e Paulo Sérgio Valle, irmãos da minha professora Patrícia. A sua inspiração parece  infinita.

Falar em termos pessoais nem sempre é o melhor caminho. Mas não posso deixar de revelar que me sinto inteiraço aos 86 anos de idade. Fruto talvez de um passado bem vivido de atleta. Recebi um elogio recente do médico Paulo Niemeyer Filho: “Você tem ossos muito bem constituídos.”  E assim ele pôde operar, com sua competência internacional, a minha lombar que ameaçava dar mais trabalho do que deveria.

Hoje, apear da idade, estou na plenitude das minhas atividades profissionais. Sou presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa-Escola(CIEE) do Rio de Janeiro, oferecendo oportunidades de emprego a milhares de jovens estagiários e aprendizes. Faço lives e dirijo e apresento o programa “Identidade Brasil”, no Canal Futura de televisão, com uma audiência espetacular. Integro os quadros da Academia Brasileira de Letras, figurando hoje como o seu vice-decano (só perco para o amigo José Sarney).

E  estou colaborando com o fraternal amigo Carlos Alberto Serpa de Oliveira para criar a Academia Brasileira de Cultura, que em breve estará funcionando na plenitude. A idade só ajuda a ter mais experiência.

Utilizando as virtualidades do tempo, escrevo livros e artigos semanais para diversos periódicos. O tema é sempre educação, como tenho feito de forma ininterrupta. E não deixo de dar uma relevante contribuição ao Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços, obediente à liderança dos notáveis Ernani Galvêas e Bernardo Cabral. Velho? Nem pensar…