Artigos
Troca de damas – Festa Junina
Gilberto é malandro desde criança, na juventude fez parelha com um primo, viviam os dois matando aulas, pensando sempre em tirar vantagem e vadiando com mulheres. Seu primo tornou-se profissional da malandragem, hoje é deputado, Gilberto seu dileto assessor para assuntos aleatórios. Trabalho maneiro comparece duas vezes por semana à Assembleia, lê revistas, jornais, paquera as funcionárias e às vezes resolve algum problema do primo.
No início do mês Gilberto estava navegando pela Internet encontrou o convite de uma festa junina: “TROCA DE DAMAS”, inspirado na dança de quadrilha no passo, “trocar de damas”, quando os cavalheiros que estão defrontes, trocam de damas, depois elas retornam. Acontece que a festa anunciada na Internet, era literalmente para trocar de mulheres, o famoso swing. Ao ler o convite, aguçou a fantasia de Gilberto. Passou a tarde meditando, pensando, sonhando como comparecer essa festa no Recife. A entrada da festa estava difícil, a organização exigia certidão de casamento, três fotos do casal, e pagar o convite de R$ 1.000,00. Gilberto é bom marido, bem casado, jamais pensaria trocar Tereza, sua coroa, amor de sua vida.
De repente apareceu na sala a gostosa Dejanira, assessora de outro deputado. Se dispensassem do serviço os funcionários da Assembleia que já comeram a Dejanira, não ficava um homem.
Gilberto não perdeu tempo, conversou com sua amiga. Mostrou o anúncio da festa TROCA DE DAMAS, expôs o plano: falsificar a certidão de casamento. No outro dia, Dejanira e Gilberto com uma hora na sala de xérox saíram com uma perfeita cópia de certidão de casamento de Gilberto Pereira e Dejanira Silva Costa. No mesmo dia remeteram os documentos exigidos digitalizados para a organização da festa.
No início da semana Gilberto recebeu no zap a aprovação do casal, e enviaram por e-mail com fotografais dos casais aprovados que confirmaram a presença. Gilberto quando olhou a foto de uma galega paranaense ficou louco.
Gilberto avisou em casa que viajaria para o Recife revolver problemas do deputado e no dia da festa, quinta-feira, dia 16, juntamente dom Dejanira tomou a estrada para o Recife, ficaram hospedados no Mar Hotel, como dois irmãozinhos aguardando a festa que iniciava às vinte horas daquela noite, ele tinha o mapa do local, uma casa discreta no bairro do Espinheiro.
Exatamente às vinte horas o casal alagoano entrou na casa mostrando na portaria, identidade. Foi conferido, o casal estava na lista, uma recepcionista bonita os levou para o quintal onde havia mesas e cadeiras espalhadas em baixo de toldos armados e um palco, onde um bom conjunto tocava músicas juninas para ouvir e dançar. O ambiente estava decorado com bandeirinhas e balões. Gilberto procurou com o olhar e reconheceu o casal do Paraná, deu-lhe uma sensação de felicidade, a mulher do cara era mais empolgante ao vivo, loura dos olhos azuis, sorriso perfeito, dentes brancos, exalando sensualidade. Como não conhecia as regras, Gilberto e Dejanira aproximaram-se do casal perguntando se os aceitavam na mesa. Os quatros conversaram amenidades. Dejanira saiu-se muito bem, com os detalhes de sua suposta família, combinados e inventados por Gilberto. Ela também estava entusiasmada, o cara do Paraná era bonito, louro, atlético.
Pediram uísque, cerveja e excelente tira-gosto. Dançaram forró com pares trocados, Cláudia, a paranaense, adorando o forró contou que vieram de Curitiba quase direto para festa, a mala estava guardada na casa. Quando deu meia noite, Otávio, o marido, que adorou Dejanira, sugeriu ficar no mesmo hotel e rumaram para o Mar Motel. Depois de ser atendido na portaria e com a chave na mão, Cláudia, tirou discretamente um lingerie da mala. De mãos dadas com Gilberto subiram ao apartamento. O outro casal também estava no clima da troca, Dejanira é uma sábia no amor.
Gilberto educadamente esperou Cláudia tomar banho. Ela saiu do banheiro vestida num maravilhoso lingerie. Gilberto também tomou banho, saiu de pijaminha e deparou-se com uma cena deslumbrante: sua parceira deitada na cama lia uma revista, suas pernas balançavam langorosamente por cima da magnífica bunda levemente coberta por uma calcinha de renda preta. Gilberto deitou-se a seu lado, começou com um beijo na boca, e o resto é silêncio, como diria Shakespeare.
Teve que repetir mais duas vezes durante a noite, com intervalos para bons papos, doses de uísques e ajuda do Viagra. A paranaense era uma tarada, tinha furor-uterino. Com a boca era inigualável. Ao acordarem cumpriram novamente o ritual. No café da manhã encontraram Dejanira e Otávio, felizes da vida.
Eles retornariam a Curitiba uma semana depois, Gilberto quis ficar alguns dias com eles. O casal não concordou, Otávio, com um sorriso simpático esclareceu que eles fazem troca de casais, uma vez por mês e nunca com o mesmo casal, havia gostado dos dois, mas jamais repetiriam a noitada. O jeito foi Gilberto retornar a Maceió. Está gabola, contando vantagem, diz que foi um dos poucos a brincar numa festa junina nesse ano de 2021.
Mais lidas
-
1DEFESA
Análise: Índia tem equipamentos mais eficientes do que caças Tejas Mk1A a oferecer ao Brasil
-
2INDÚSTRIA BÉLICA
Capital privado não 'está à altura' de sanar Avibras e Estado tem que agir rápido, diz analista
-
3FEMINÍCIDIO OU SUICÍDIO?
Defesa de PM contesta feminicídio e alega suicídio de esposa em hotel de Palmeira dos Índios
-
4
Yuan Pro é a aposta da BYD para atrair o público jovem
-
5JORNADA DE TRABALHO
Fim da escala 6x1: 12 países que testaram com sucesso a redução na jornada de trabalho